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Enem 2023: Literatura exige conhecimento dos clássicos e hábito de ler

A exatos seis meses da aplicação do exame, o jornal O LIBERAL traz dicas para os estudantes direcionarem os estudos da melhor forma, tendo em vista o sucesso na preparação às provas

Fabyo Cruz

Leitura é essencial para se dar bem no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), um exame com enunciados longos, que demanda interpretação de texto e atenção. Essas são algumas habilidades que ao estudar para a disciplina de Literatura, o candidato pode desenvolver. Mas se engana que as questões que envolvem o tema são apenas de interpretação. A exatos seis meses da aplicação do exame, o jornal O LIBERAL traz dicas para os estudantes direcionarem os estudos da melhor forma, tendo em vista o sucesso na preparação às provas. E uma das principais recomendações é começar uma rotina de leitura o quanto antes, para conhecer algumas mais usadas, historicamente, na prova.

A disciplina de Literatura está presente no caderno de “Linguagem, Códigos e suas Tecnologias” do Exame Nacional do Ensino Médio, que contém 45 questões múltipla escolha. Em geral, são cobrados autores, movimentos literários e diferentes gêneros textuais. A avaliação nacional, conhecida por ser extensa, exige atenção dos candidatos para que eles possam fazer a interpretação correta dos textos do enunciado. 

image Os candidatos que possuem o hábito da leitura estão em vantagem, afirma Paulo Renato Bandeira (Carmem Hlena/O Liberal)Os candidatos que possuem o hábito da leitura estão em vantagem, afirma Paulo Renato Bandeira (Carmem Hlena/O Liberal)

Com 20 anos de profissão, o professor Paulo Renato Bandeira, conhecido como “PR”, leciona a disciplina Literatura no Colégio Marista Nossa Senhora de Nazaré, em Belém. O educador prepara os estudantes para as avaliações do Enem desde os primeiros formatos da seleção. Ele destaca que a mudança mais significativa da prova nacional ocorreu a partir de 2019. Apesar disso, o docente afirma que neste ano o teste não fugirá do padrão dos últimos exames. 

“A prova exige uma mescla de autores e obras clássicas. Nomes consagrados como José de Alencar, Machado de Assis e Clarice Lispector são frequentes. Todavia,  contemporâneos têm aparecido com muita frequência, deixando assim os itens mais interessantes, como, por exemplo, Chico Buarque, Manoel de Barros, Mia Couto e Ondjaki”, disse o educador. Sabendo disso, a forma como estudar a disciplina pode ser um diferencial, garante PR. 

Para Paulo Renato Bandeira, os candidatos que possuem o hábito da leitura estão em vantagem. “De acordo com uma pesquisa recente, apenas 52% da população brasileira possui hábito de leitura e lê uma média de quatro livros lidos por ano. É um dado triste, comparado a um país desenvolvido em que cada indivíduo consome doze. Para estudar Literatura é necessário ler bastante”, afirmou.

Quem também se destaca na prova de Literatura são os estudantes que compreendem a diferença entre linguagem denotativa e conotativa, assegura o professor. “Quando Chico disse: ‘Sua boca é um cadeado’, ele fez uso de uma metáfora, ou seja, uma linguagem literária. Compreender o sentido no contexto é fundamental. A partir daí as escolas literárias, do Quinhentismo ao pós-Modernismo e as obras, sendo clássicas ou não, darão o suporte necessário para um aprendizado eficaz”, orientou.

Entre os principais mitos acerca da disciplina na hora de estudar para o Enem, segundo o educador, é acreditar que os itens são apenas interpretação de texto e que escolas literárias e autores clássicos são desnecessários: “Não é verdade. A matriz de referência do Enem exige para o componente Literatura três habilidades: 15, 16 e 17. Identificá-las e aplicá-las de modo correto é a solução de tudo”. E, em sua opinião, o que mais prejudica um candidato nas questões referentes à Literatura é não identificar a habilidade do item: “Sem ela, não há como desenvolver o raciocínio exigido no enunciado”.

image O professor Paulo Renato Bandeira afirma que neste ano o teste não fugirá do padrão dos últimos exames (Carmem Helena/O Liberal)

Segundo o educador, nos processos seletivos tradicionais, o que mais atrapalha os candidatos são os comandos contendo palavras como “exceto”, “somente” as "afirmativas I e II”. Ele afirma que elas atrapalham, pois não desenvolvem habilidades. “Isso ocorre em outros componentes também. Entretanto, tratando-se de Enem, não. Temos a competência de área 5 e três habilidades”, disse Paulo Renato Bandeira. O professor também deu as chamadas “dicas” para obter os melhores resultados em Literatura.

“Otimizar o tempo de resolução do item é muito válido! Aliás, na vida, não podemos perder tempo com absolutamente nada. Então, na hora de responder ao item, inicialmente, vá direto para o enunciado. Verifique o que está sendo exigido. Circule o verbo nele presente. Ele indicará a habilidade. Leia o texto-base presente com calma e grife alguns trechos caso haja necessidade. Depois retorne para o enunciado e verifique as alternativas. Nenhuma será absurda, porém uma será mais plausível e completará o enunciado”, finalizou.

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