Conheça 'Hammock', método que utiliza redes na reabilitação de recém-nascidos em hospital do Pará

O procedimento proporciona estímulos multissensoriais e também o desenvolvimento neuropsicomotor de bebês de 37 a 42 semanas

O Liberal
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Desde 2015, o método "Hammock" (do inglês, rede para dormir) é utilizado nas unidades neonatais da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará (FSCMP). Conhecido no Brasil como posicionamento ou terapia em redinhas, o procedimento é voltado aos recém-nascidos prematuros, proporcionando estímulos multissensoriais e também o desenvolvimento neuropsicomotor de bebês de 37 a 42 semanas.

"O método Hammock foi desenvolvido para trabalhar com crianças prematuras, só que como muitas das crianças internadas na UCI aqui da Santa Casa tem desordens neurológicas e uma das funções desse método é o desenvolvimento neuropsicomotor, a gente uniu isso a nossa realidade aqui. Então começamos a atender, a partir de 2021, crianças que são portadoras de malformações neurológicas, que tanto as mães como as crianças apresentam um nível de estresse considerável, a gente começou a trabalhar com a redinhas e viu o resultado", afirma a fisioterapeuta Aureni Araújo, especialista em terapia intensiva neonatal e pediátrica.

"Demos início com os bebês menores e a própria equipe da Santa Casa se mobilizou para confeccionar as redinhas, junto com as mães dos bebês. As redes eram feitas com tecidos que tínhamos disponíveis no próprio hospital em tamanhos bem pequenos", lembra Aureni, que também é tutora da Atenção Humanizada ao Recém Nascido de Baixo Peso, o Método Canguru.

Mãe aprova "Hammock" utilizado na filha

A bebê Maria Isis está internada há mais de um mês na Unidade de Cuidados Intermediários (UCI) da Santa Casa. Durante todo esse período, a mãe dela, Rosinelma, a acompanha dia e noite, todos os dias. Há cerca de 20 dias, quando a menina passou a ser colocada em uma rede de dormir na unidade, ela percebeu mudanças no comportamento da criança. 

"Eu gostei muito da ideia, porque ela ficou mais relaxada e dorme bem na rede, quase não acorda à noite, e também fica confortável durante o dia, parece bem tranquila", observa a mãe.

A técnica foi criada na Austrália, onde foram desenvolvidos estudos científicos que demonstraram que o nível de estresse e a normalização dos sinais vitais de prematuros colocados em rede eram muito favoráveis. O método, então, começou a ser implantado no Brasil pela região Nordeste.

Em parceria com uma faculdade particular de Belém, a técnica e o tamanho das redinhas passaram a ser adaptadas para os bebês internados no setor de neonatologia da Santa Casa. Os resultados das hospitalizações vêm sendo objeto de um estudo científico que avalia os benefícios também para esse público.

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