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Buscando mais saúde, cresce público vegetariano e vegano

Os vegetarianos já são 30 milhões no Brasil, segundo o IBGE

Enize Vidigal
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Cada vez mais pessoas como a professora de yoga Roxanne Brelaz, de 27 anos, estão aderindo à dieta vegetariana. Esse público chega a 30 milhões no Brasil, ou 14% da população, aponta o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na pesquisa feita em 2018.

Os praticantes alegam que encontraram uma vida mais saudável ao excluir a carne da alimentação. A modalidade do veganismo é a moda do momento, que aprofunda essa dieta ao eliminar todos os produtos de origem animal, como ovos, leite e mel, em nome de uma ideologia que combate à morte e à exploração dos animais. O mercado de alimentação começa a se ajustar a esse público. 

Roxanne é vegetariana há seis anos. "Tomei essa decisão por compaixão aos bichinhos", justifica. “Comecei cortando carne vermelha, com dois anos a carne branca e com quatro anos parei de comer peixe. Eu substituí a proteína animal pela proteína vegetal, como lentilha e grão de bico".

A decisão ajudou-a a melhorar de saúde, pois sofria com triglicerídeos elevados, e que também conseguiu diminuir o peso. "A pele ficou melhor, o intestino funciona melhor, tenho bom desempenho no esporte e o pique diário melhorou". Além do yoga, ela pratica corrida, musculação e crossfit rotineiramente. A filha dela, Isabella, de seis anos, também tornou-se vegetariana.

O resultado dessa dieta ela também sentiu no bolso, já que a carne é um dos produtos mais caros da cesta básica. "Fora de casa é difícil a alimentação, mas percebo que a culinária está expandindo. Já tem hambúrguer de soja, shitake e feijão", conta.

A educadora física e mestranda em Artes Amanda Modesto, de 23 anos, faz parte do coletivo Veganos Em Ação (VEM), em Belém. “O veganismo não está dissociado de outras pautas sociais. A gente luta contra qualquer tipo de opressão. O VEM luta pela defesa dos animais e pelos direitos humanos. A indústria capitalista enriquece matando e explorando esses animais para produzir alimento de alto custo que nem todo mundo pode comprar”, defende.

De olho nesse crescente mercado, algumas redes de fast food e até restaurantes já incluíram comidas vegetarianas e veganas no cardápio. O presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Estado do Pará, Fernando Soares, confirma que o setor de alimentação fora do lar tem buscado se reinventar para atender esse nicho de mercado: "Surgiram muitas casas que só vendem saladas, são as saladerias, como já via no Rio de Janeiro nos anos 80. É um bom nicho de mercado. A tendência é a da geração saúde".

A vegetariana Adelaide Leão, idealizadora da plataforma Amazônia Healthy, que difunde conhecimentos em saúde, bem estar e qualidade de vida, explica que o ideal é aliar uma filosofia alimentar à saúde e à sustentabilidade. “A indústria transformou a alimentação numa produção em larga escala que explora os animais e destrói as florestas. O vegetariano está de acordo com premissas éticas”, afirma.

Nos dias 6, 7 e 8 de setembro deste ano acontece a 2ª edição do evento, em um shopping de Belém, com palestras e rodas de conversa sobre autoconhecimento, gastronomia saudável e práticas corporais, além de feira de orgânicos e atrações culturais.

A nutricionista Eloah Carvalho explica que a proteína animal pode ser substituída por derivados, como ovo, leite, iogurte, principalmente laticínios, e também fontes leguminosas, como feijão, ervilha, grão de bico, lentilha e algumas castanhas. Alguns vegetarianos e veganos acabam engordando ao consumir muita fritura e carboidrato. “O ideal é fazer a dieta com orientação profissional para que a quantidade de lipídios, carboidratos e proteínas esteja balanceada.”

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