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Baixa umidade do ar exige cuidados com a saúde

Especialista dá dicas sobre como lidar com o problema nos ambientes

Cleide Magalhães

Até por volta de meados deste mês, parte do Pará deve contar com o tempo quente e ensolarado, ficando abafado na porção norte e seco no sul do Estado. É o que indica o boletim climático elaborado pela Rede de Previsão Climática e Hidrometeorológica, coordenada pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas).

Nesse processo, especialista enfatiza que o aumento ou a redução da umidade relativa do ar é o que mais influencia e prejudica as vias respiratórias para quem ainda não tem problemas respiratórios. Além de prejudicar a saúde de quem já tem algum problema respiratório crônico, como asma e doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema e a bronquite crônica, rinites e outras).

A baixa umidade também causa desconforto, mas algumas atitudes nos ambientes em que a pessoa mora, trabalha ou por onde anda podem ajudar a diminuir os problemas causados pela falta de chuva.

"O que mais impacta nas pessoas é a umidade do ar. O ideal da umidade do ar é ficar entre 40% e 50%, a rigor. Abaixo de 30%, especialmente, e acima de 60% são prejudiciais à saúde das pessoas, pois começam a gerar problemas. Então, a queda ou aumento da umidade prejudicam as vias respiratórias para quem tem ou não problemas respiratórios. Para quem tem problemas respiratórios crônicos mais ainda", afirma a pneumologista Lúcia Sales.

Ainda segundo a pneumologista Sales, os riscos e os problemas semelhantes ocasionados à saúde tanto no clima seco quanto no úmido são os mesmos. Porém, a diferença está na conduta. "No seco o ideal é umidificar o ambiente de casa, do trabalho e outros. Por exemplo, na hora que for dormir, é importante colocar um balde de água no quarto ou uma toalha molhada. Ou, quem puder, pode colocar um umidificador de ambiente, que está com o uso em alta em muitos lugares no Brasil. Ele pode ajudar a melhorar a qualidade do ar dentro de casa. Mas o uso dele também deve ser controlado", alerta.

Para quem tem ar condicionado em casa, ela explica que o aparelho tira a umidade do ambiente. No entanto, ele pode auxiliar no problema, se usado de forma correta.

"Pode ajudar até certo nível, desde que não seja muito forte, até uns 24 graus na regulação. Mantendo também a limpeza periódica necessária e a lavagem do filtro toda semana. Além de observar e manter os cuidados com as infiltrações na casa", esclarece a pneumologista.

A médica destaca ainda outras possibilidades de umidificação, como o uso de soro fisiológico para lavar as narinas quando sentir que elas estão secas, o consumo de alimentos saudáveis e ricos em líquidos, como água e sucos, também ajudam quando o assunto é hidratação.

Doenças

Ainda nesse processo, a especialista Lúcia sales enfatiza que é importante as pessoas estarem atentas e tomarem alguns cuidados, pois a simples mudança climática pode ocasionar doenças. Além de prejudicar a saúde de quem já tem algum problema respiratório crônico, como asma e doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema e a bronquite crônica, rinites e outras), e casos com sequelas pulmonar após a covid-19.

Com a mudança do clima de úmido para seco, em algumas regiões do Pará, a pneumologista Lúcia Sales chama atenção para os problemas sentidos pelas vias aéreas e frisa que isso pode afetar quem tem ou não doenças respiratórias.

"Nesses processos crônicos, qualquer mudança da umidade ocorre exacerbação dos quadros. Os surgimentos dos problemas decorrem disso. Então, uma asma que descompensa pode levar inclusive à pneumonia, uma rinite pode levar à sinusite. Os problemas são assim encadeados e não partem de um problema específico", afirma.

Nessa época de sol, a pneumologista orienta que é preciso ter cuidados com a mudança de temperatura, como sair de um ambiente quente e/ou fechado para um frio e/ou com ar condicionado ou vice-versa. "Isso pode provocar alterações em quem já tem um desses problemas. Para minimizar, é preciso fazer uso da medicação receitada pelo médico, quanto mais controlada a doença, mais vai resistir aos eventos que podem descontrolar. Mas quem é sadio pode acontecer por uma susceptibilidade individual", esclarece.

Durante o ano todo, e não somente no tempo de calor ou frio, a recomendação da médica é que quem possui esses problemas de saúde deve fazer as vacinas do calendário. Para o problema respiratório crônico é necessário fazer a vacina antipneumocócica para ajudar na proteção.

"Nesse tempo de calor, quem está saudável e com a doença controlada pode aproveitar tomando alguns cuidados gerais. Mas se estiver sintomática não é bom se expor ao sol", pondera a pneumologista Lúcia Sales, que atende no Hospital João de Barros Barreto da Universidade Federal do Pará/Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares.

Médica alerta ainda para a proliferação de fungos nos ambientes

A médica alerta ainda para a proliferação de fungos nos ambientes, como na casa, no trabalho, uma vez que mesmo, em momentos de umidade elevada, eles são encontrados. E pode ocorrer também o aumento e a proliferação onde já existe ou não o aparecimento deles

“Respirar esse morfo faz mal para a saúde da pessoa. O fator doméstico é muito importante e às vezes a pessoa não se dá conta. Isso é ruim não somente para quem doenças respiratórias, mas inclusive para quem não tem, porque pode desenvolver patologias infeciosas, e também não infecciosas, como a pneumonia de hipersensibilidade, que não é muito conhecida, e trazer problemas sérios inclusive futuros para as pessoas de forma geral e quanto mais tempo dura a exposição ela pode se cronificar”, explica Lúcia Sales.

As fumaças ocasionadas pelas queimadas das florestas e das que são feitas nos quintais ou frente das casas, bem como as fumaças de cigarros, também prejudicam a saúde no que diz respeito às vias respiratórias. "Qualquer tipo de fumaça, seja oriunda de grande ou pequena queimada tanto quanto a que vem do cigarro é prejudicial à saúde para quem tem ou não problemas respiratórios. Inclusive as poeiras das ruas, como as das piçarras, causam mal para a saúde", finaliza a pneumologista.

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