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Alunos da rede pública produzem robôs a partir de material reciclado

Educação Ambiental e valorização de pessoas especiais fazem parte do projeto

Redação Integrada
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Robôs em formato de humanoides, de dragão, iguana e camaleão. Todos feitos com material reciclado, automatizados e com movimentos e luzes utilizando sensores, servo motores e leds. Esses foram os produtos finais produzidos por 14 alunos do 5º e 7º ano da Escola Estadual Tiradentes - I, do bairro de Batista Campos, em Belém, por meio do projeto Reusetech - reutilizando resíduos sólidos para educação e tecnologia. Coordenado pelos professores Anselmo Augusto Fernandes e Mariana Menezes, o projeto trabalha com a educação ambiental, por meio da reciclagem do lixo, e com a inclusão e valorização de pessoas especiais. 

No grupo, há 4 alunos especiais: Ana Clara Menezes (autista), Maria Eduarda Magno e Jhullyane Thaissa Melo (surdas) e Antônio Nelson Diniz (com paralisia cerebral). De acordo com a professora Mariana Menezes, qualquer aluno tem condições de desenvolver suas habilidades cognitivas desde que sinta uma disposição, motivação em fazer parte daquilo que a escola propõe. "Não é só uma questão científica e de conhecimento. Também é uma questão social. Esses alunos se transformaram", afirmou. 

"A alunas surdas estão mais confiantes e sabem que podem dizer para a sociedade que são capazes. O aluno com paralisia cerebral não fala, mas ele compreendeu todo o processo de automação. Ele fez o robô dele. A autista diz que se supera cada vez mais e fica pulando de alegria. Ela não olha nos olhos, mas tem um raciocínio muito bom. Inclusive, durante um dos processos do nosso trabalho, a apresentação de neuroimagens, foram esses alunos que ajudaram os outros, porque a mente deles consegue construir várias formas com mais facilidade", acrescentou Mariana. 

Na última quinta-feira (01), os alunos apresentaram os robôs na III Mostra Cultural da escola Tiradentes. Após grande visibilidade com uma apresentação na Feira do Livro deste ano, onde surgiu o apoio da empresa Google, a equipe já tem agenda para participar de outras mostras científicas, como a IX Mostra de Ciência e Tecnologia da Escola Acaí (MCTEA) e o evento itinerante Mostra Científica Norte e Nordeste (Moocin), que serão realizados no período de 03 a 07 de dezembro de 2018, na cidade de Abaetetuba. 

Também já está agendada a participação no I Techcamp Pará, dia 14 dezembro, na Escola Augusto Meira, em Belém. "Esses eventos devem possibilitar credenciamento para outras feiras nacionais e internacionais. Esperamos conseguir recursos para levar todos os 14 estudantes para Abaetetuba", pontuou a professora Mariana. 

O projeto é uma continuação de outro projeto que começou em 2017, o Recicla Tiradentes, em que os alunos da escola fizeram um estudo da reciclagem do lixo, incluindo a decomposição, os riscos do que causa a poluição e a degradação do meio ambiente. Os produtos finais foram esses robôs, mas sem automação. No início de 2018, a continuidade do trabalho foi feita com a parceria do Núcleo de Tecnologia Educacional (NTE). 

"Com aulas intensivas de neuróbica, que são atividades voltadas para o estímulo dos neurônios, os alunos foram preparados por nós e aprenderam a usar algoritmos com os passos para chegarem à lógica da programação com aulas do programa arduíno, ministradas pelo professor Rafael Herdy, coordenador do NTE", concluiu a professora.

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