Polícia peruana fecha acesso a Machu Picchu devido a protestos contra o governo

Os protestos começaram no início de dezembro, após a destituição e detenção do presidente de esquerda Pedro Castillo

O Liberal

Considerada uma jóia do turismo nacional e internacional, a cidadela inca de Machu Picchu, no Peru, foi isolada e seu acesso fechado por tempo indeterminado, neste sábado (21), por conta dos protestos contra o governo do País, que já deixaram 56 mortos. Os manifestantes pedem a renúncia da presidente Dina Boluarte. A medida foi anunciada após o serviço de trem que liga Cusco à Machu Picchu ser suspenso por conta de danos à ferrovia decorrentes de supostos ataques dos revoltosos.

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O bloqueio deixou isolados pelo menos 400 turistas em Águas Calientes, povoado que fica no sopé da cidadela de Machu Picchu, já que o único meio de transporte para a região é a ferrovia, pois não há rota de trânsito de veículos que a conecte com Cusco, distante 110 km. De acordo com a concessionária Ferrocarril Trasandino, os trilhos da via férrea foram retirados de seu lugar na sexta-feira (20).

Os protestos começaram no início de dezembro, após a destituição e detenção do presidente Pedro Castillo, substituído por sua vice, Dina Boluarte. Pelo menos 46 pessoas morreram nas manifestações até o momento, entre elas um policial, o que levou o governo a impor estado de emergência em quase um terço do país.

A última morte confirmada foi a de um manifestante ferido durante um confronto com as forças de segurança do Estado em Ilave, região de Puno, no Sul do Peru, na última sexta-feira (20). Revoltados com a repressão policial aos protestos, centenas de manifestantes foram às ruas de Ilave e incendiaram a sede da polícia local na madrugada deste sábado (21). Segundo hospitais da cidade, os confrontos deixaram 10 feridos. Outra delegacia de Puno, no distrito de Zepita, também foi incendiada na sexta-feira, sem causar vítimas.

Ex-professor rural de origem indígena, Castillo foi destituído do cargo e preso em 7 de dezembro depois de tentar dissolver o Parlamento controlado pela direita, que estava prestes a destituí-lo do poder por suposta corrupção. A crise também reflete o enorme fosso social que existe entre a capital e as províncias pobres que apoiam Castillo, que viram em sua eleição uma forma de vingança contra o desprezo de Lima.

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