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Protestos no Peru: 18 pessoas morreram em um só dia durante as manifestações no país

A última segunda-feira (9) foi o dia mais letal desde o início dos protestos, em dezembro passado

Luciana Carvalho
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Nesta segunda-feira (09), pelo menos 18 pessoas, incluindo uma recém-nascida, morreram em um único dia durante um confronto entre manifestantes e a polícia na cidade de Juliaca, em Puno, no sul do Peru, em protesto contra o governo da atual presidente, Dina Boluarte. As informações são do G1 Nacional. 

Segundo a Ouvidoria, a criança recém-nascida morreu porque não pôde ser levada a um hospital já que a estrada foi bloqueada pelos protestos.

As principais reinvidicações das manifestações são a antecipação das eleições gerais, a renúncia de Boluarte e o fechamento do Congresso. Os protestos ganharam novo fôlego na última quarta-feira, após uma trégua parcial nas férias de final de ano.

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O número de pessoas mortas já chegam ao total de 46, sendo 39 no confronto com as forças de ordem e outras sete devido a acidentes de trânsito ou em eventos ligados a bloqueios de estradas. Com esse saldo, a última segunda-feira (9) foi o dia mais letal desde o início dos protestos, em dezembro passado quando a população pedia a destituição de Pedro Castillo da presidência, após ele tentar dar um golpe de estado. Até agora, o dia mais violento havia sido 15 de dezembro, com oito mortos, segundo a Ouvidoria.

Os mortos nos confrontos eram jovens entre 21 e 35 anos, além de um menor de 17 anos, segundo os registros da Direção de Saúde de Puno. Três pessoas de 38, 50 e 55 anos também morreram. Quatro vítimas ainda não foram identificadas.

Um dos mortos era o médico, Marco Samilán Sanga, 29 anos, que, segundo a Federação Peruana de Estudantes de Medicina Humana, morreu cítima de disparos de pellets enquanto tratava dos feridos no confronto.

O governo culpa os manifestantes pela violência em Puno. O primeiro-ministro do país, Alberto Otárola, afirmou em uma emissora de televisão que "mais de 9.000 pessoas se aproximaram do aeroporto e 2.000 dessas pessoas iniciaram um ataque total contra a polícia (...) lamento." Outros ministros acompanharam Otárola no pronunciamento, com a notável ausência de Boluarte.

Boluarte assumiu o governo depois que Castillo, que era presidente desde 2021, foi destituído pelo Congresso após tentar dissolver esse poder estatal com uma mensagem de televisão em 7 de dezembro. A atual presidente foi vice-presidente de Castillo e foi eleita na mesma lista de seu antecessor. O Parlamento a empossou no mesmo dia da demissão de Castillo como seu sucessor constitucional.

No final da tarde de segunda-feira, a Ouvidoria da República informou sobre mobilizações, greves e bloqueios de estradas em 25 províncias.

(Luciana Carvalho, estagiária da Redação sob supervisão de Elisa Vaz, repórter do Núcleo de Política).

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