Especialistas dão dicas para a saúde das mulheres 40+

As mudanças hormonais e a administração do tempo estão entre os principais tópicos de atenção para garantir saúde e bem-estar.

Bruna Lima

Muitas mulheres se sentem inseguras e ficam assustadas com as mudanças no corpo com a chegada dos 40 anos. A ginecologista Ana Paula Fonseca e a clínica médica Danielle Santana, de Belém, dão orientações e dicas sobre de como as mulheres devem se preparar para essa fase da vida. As mudanças hormonais e a administração do tempo estão entre os principais tópicos de atenção para garantir saúde e bem-estar.

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A chegada dos 40 anos traz transformações significativas no corpo feminino. Essa fase marca o início de uma transição para o período pré-menopausa. A ginecologista Ana Paula Fonseca diz que é possível se preparar para esse período, pois a partir dos 40 e 45 anos a queda hormonal pode ficar mais acentuada e pode implicar na qualidade de vida da mulher, que reflete no ressecamento de pele, diminuição da libido, sensação de calor e entre outras questões. Diante disso, o ideal é que a mulher faça suplementações, modifique os hábitos alimentares, pratique atividade física ou faça tratamento hormonal, se for necessário.

A menopausa significa a última menstruação da mulher, é como se fosse uma data, mas antes da menopausa existe o climatério que é quando os hormônios começam a ter uma diminuição, que pode ocorrer entre cinco a dez anos antes da menopausa. "Costumo dizer que a mulher é feita de fases e a gente vai se transformando ao longo da vida. Nessa fase, especificamente, quando ela chega por volta dos 45 a 50 anos, a estrutura familiar dessa mulher também muda, muitas vezes os filhos estão se casando, elas começam a pensar em se aposentar, ou seja, a rotina muda e as mudanças orgânicas também”, destaca a médica.

image Ginecologista Ana Paula Fonseca (Foto: Thiago Gomes | O Liberal)

Esses desafios acabam resultando em mudanças de comportamentos ou afetando a saúde mental. Por isso, para Ana Paula Fonseca é importante que ocorra mais diálogo para tratar sobre o assunto, uma vez que as pessoas e a sociedade de um modo geral não está preparada para essa fase da vida.

"Até um tempo atrás, a expectativa de vida das mulheres era bem menor. Hoje em dia essa realidade mudou e as mulheres estão chegando aos 80 e 85. “A longevidade das mulheres aumentou, mas culturalmente, a sociedade não se preparou para essas novas fases. Estudar, debater e falar sobre o assunto são artifícios importantes para a quebra de tabus”, destaca a médica ginecologista.

Não se pode pensar em qualidade de vida, sem administração de tempo

A especialista em clínica médica, Danielle Santana, diz que não dá para pensar em qualidade de vida sem pensar na administração do tempo, uma vez que a mulher madura dos tempos atuais é uma mulher multifuncional, que tem tarefas em casa, com a família, no trabalho e entre outros espaços e que muitas vezes acaba não disponibilizando de tempo para pensar em si.

image Clínica médica Danielle Santana (Foto: Thiago Gomes | O Liberal)

"Com as mudanças sociais e de estilo de vida ao longo das gerações, as mulheres de 40 anos hoje enfrentam desafios únicos. Primeiramente, com o aumento da participação feminina na educação superior e no mercado de trabalho, estas mulheres muitas vezes equilibram carreiras exigentes com responsabilidades familiares, o que pode levar a um aumento do estresse e desafios de saúde mental. Além disso, adiando o casamento e a maternidade em comparação com gerações anteriores, as mulheres de 40 anos enfrentam questões distintas relacionadas à fertilidade e à dinâmica familiar”, reflete Danielle.

A clínica médica acrescenta que do ponto de vista da saúde, essas mulheres estão mais propensas a enfrentar desafios como o gerenciamento do estresse crônico, que pode ter implicações tanto físicas quanto psicológicas. “As mudanças hormonais típicas dessa idade também podem levar a condições como osteoporose e alterações cardíacas, que exigem monitoramento e cuidados especializados. Além disso, a saúde mental torna-se um foco primordial, com a necessidade de abordar questões como ansiedade e depressão, frequentemente exacerbadas pela pressão de equilibrar múltiplos papéis”, completa Danielle Santana.

Nesse contexto, para a profissional, a busca por um profissional qualificado com residência em clínica médica é crucial. Ela explica que esse profissional está qualificado para oferecer um cuidado integral, considerando todos os aspectos da saúde da mulher. “Um clínico com essa formação pode fornecer um manejo eficaz dos cuidados de saúde, abordando tanto as necessidades físicas quanto psicológicas, e garantindo que as mulheres de 40 anos possam navegar com sucesso por essas mudanças e manter uma qualidade de vida saudável”, pontua.

Dicas

Para mulheres acima dos 40, é essencial adotar um estilo de vida saudável. Isso inclui uma dieta balanceada, rica em cálcio e vitamina D para suporte à saúde óssea, e exercícios regulares, especialmente aqueles que fortalecem o coração e os ossos. Monitoramento regular da saúde cardiovascular, da densidade óssea, e exames de câncer de mama e de colo de útero são fundamentais. Também é importante cuidar da saúde mental, pois mudanças hormonais podem afetar o humor e a saúde emocional.

As mulheres que não se preparam para as mudanças funcionais do organismo aos 40 anos podem enfrentar vários desafios específicos. Primeiramente, há o aumento do risco de doenças crônicas como hipertensão arterial, que pode levar a complicações cardíacas graves, e diabetes tipo 2, que requer gestão contínua. Além disso, enfrentam um risco elevado de osteoporose, resultando em ossos mais frágeis e susceptíveis a fraturas. Do ponto de vista psicológico, podem surgir questões como ansiedade, depressão e alterações significativas no humor, devido às flutuações hormonais. Desafios relacionados à saúde sexual e reprodutiva, como alterações no ciclo menstrual e diminuição da fertilidade, também são comuns.

Nesse cenário, a escolha de um clínico especialista em clínica médica, é essencial. Este profissional tem uma formação abrangente que o capacita a entender e gerenciar a saúde da mulher de forma holística. Eles estão aptos a identificar e tratar as condições médicas mencionadas, além de fornecer orientações sobre a manutenção de um estilo de vida saudável, nutrição adequada e práticas de bem-estar mental. Esse acompanhamento especializado e atencioso é crucial para assegurar que a mulher enfrente estes desafios de forma eficaz e mantenha uma qualidade de vida elevada durante essa fase de transição.

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