Doença mão-pé-boca: o que é, sintomas e tratamento
Infecção afeta mais de 150 mil crianças e bebês por ano no Brasil

A doença ou síndrome mão-pé-boca é uma infecção viral contagiosa causada pelo vírus Coxsackie e pode ser transmitida pelo sistema digestivo e vias aéreas. Normalmente, essa doença acomete crianças com menos de cinco anos de idade.
De acordo com a odontopediatra Ana Carmen Pedreira, cooperada da Uniodonto Belém, mais de 150 mil crianças e bebês são infectados pela doença por ano no Brasil.
“A transmissão se dá por contato direto, podendo ocorrer dias antes da manifestação da doença e até semanas após a infecção, por meio de aperto das mãos, abraços, contato físico, espirro e tosse. O vírus é encontrado no trato respiratório e digestivo (fezes) e o contágio ocorre pelas gotículas salivares no ar, além das fezes”, explica.
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A seguir, confira os sintomas da doença:
- Febre;
- Mal-estar;
- Dor de garganta;
- Perda de apetite;
- Erupções nas palmas das mãos e planta dos pés;
- Lesões na cavidade oral, que causam dificuldade na ingestão de alimentos e líquidos;
- Aparecimento de bolhas nos cotovelos, tornozelos, glúteos e órgãos genitais.
Seu filho(a) tem algum desses sintomas?
A odontopediatra informa que os sintomas duram de sete a 14 dias e não conferem imunidade duradoura. A doença pode ser diagnosticada por meio de exame clínico, realizado por um médico ou dentista.
“Não requer exames laboratoriais e de imagem. Contudo, o exame laboratorial é feito pelo isolamento e identificação do vírus em cultura celular e métodos sorológicos”, ressalta Ana Carmen.
Tratamento
Como a mão-pé-boca é causada por vírus, que tem o ciclo de aproximadamente dez dias, o tratamento visa aliviar os sintomas, por meio de analgésicos e antitérmicos. Porém, a dificuldade para se alimentar, devido aos sintomas, pode causar desidratação, levando a criança à internação hospitalar.
“Para minimizar as aftas e lesões bucais, pode-se indicar laser terapia oral, higienização com escova e creme dental, principalmente para evitar infecções secundárias”, afirma a odontopediatra.
Prevenção
Para evitar a transmissão da doença, é preciso manter os cuidados com a higiene das mãos, limpeza do ambiente e higienização de objetos e brinquedos do bebê ou criança.
“Também é necessário evitar o contato físico (beijar nas mãos, rosto e braços) e ter medidas de higiene, especialmente na troca de fraldas. A criança ou bebê doente deve ficar afastado do contato com outras crianças conforme o período indicado pelo médico”, acrescenta Ana Carmen.
Esse tipo de infecção requer o diagnóstico de profissionais especializados. Para saber mais, clique aqui.
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