Saiba como funciona a distribuição de resultados nas cooperativas

Há quase 180 anos, o cooperativismo surgiu como um modelo alternativo de economia com base em princípios que valorizam as relações justas, a igualdade e o desenvolvimento local. Entre seus diferenciais está a distribuição dos resultados entre os associados, materializando o que se prevê no terceiro valor cooperativista que é o da participação econômica.

Esse princípio rege tanto os deveres quanto os direitos dos membros da organização. Nesse aspecto, cada pessoa contribui de forma igualitária para compor o patrimônio da cooperativa, que é investido em sua estrutura e nas suas operações. Após o exercício fiscal, parte desse recurso pode ser revertido aos associados já que eles não são enquadrados como clientes de uma instituição financeira, mas sim como proprietários.

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“Como a cooperativa de crédito não possui finalidade lucrativa, ao final de cada ano, depois de deduzir das suas receitas as despesas e os fundos criados para reinvestir na cooperativa e no seu quadro social, o resultado final denominado de sobras é devolvido proporcionalmente a todas as pessoas associadas que custearam seus serviços, nela aplicando e movimentando seus recursos naquele período”, explica Ivan Costa, vice-presidente do Conselho de Administração da Sicoob Coimppa, destacando que a participação econômica é válida em todos os modelos de cooperativa.

No caso específico das cooperativas de crédito, Costa esclarece que a regra para distribuição dos resultados obedece a critérios de transparência, respeitando, por exemplo o uso individual dos produtos e serviços das instituições. “As sobras serão devolvidas proporcionalmente ao quanto foi pago por elas, conforme definido pelas próprias pessoas associadas em Assembleia-Geral”.

Neste ano, a Sicoob Coimppa devolveu aos seus 2.825 associados o montante de R$ 2.496.483,29. Para Ivan Costa, os indicadores demonstram a saúde financeira da organização e seu compromisso com o interesse coletivo, dando oportunidade para que os associados possam aumentar seu patrimônio pessoal ou investir em seus empreendimentos que pode ser a própria cooperativa ou outro negócio.

Vice-presidente do Conselho de Administração do Sicoobe Coimppa, Ivan Costa, destaca bom desempenho da instituição na gestão do patrimônio coletivo (Divulgação / Sicoob)

“Diferentemente de outras instituições financeiras que mantém uma relação unilateral de consumo entre o cliente e um gerente humano ou um “robô”, sob forte pressão de metas para aumento da lucratividade, no Cooperativismo, a pessoa associada, além de possuir um relacionamento com outras associadas, também proprietárias, aumentando suas oportunidades de negócios, conta com um atendimento diferenciado orientado para trazer as melhores soluções para os donos e as donas desse negócio de forte impacto social”, frisa o vice-presidente da Sicoob Coimppa.

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