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Brasil registra redução de passageiros no transporte público urbano em 27 anos

Levantamento da NTU indica perda financeira de R$ 27,8 bilhões desde 2020

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Dados da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) indicam que, em quase três décadas, o fluxo de passageiros no transporte público vem diminuindo. O cenário preocupa o setor, que teve redução ainda mais intensa com a pandemia e ainda tenta se recuperar.

De acordo com a NTU, os sistemas organizados de transporte público por ônibus urbano, distribuídos nos 2.703 municípios do País, tiveram uma perda de cerca de R$ 27,8 bilhões, desde o início da pandemia até abril de 2022.

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A redução gerou um impacto financeiro médio de R$ 1,08 bilhão por mês, causado pela rápida queda do número de passageiros e outros fatores, como a obrigatoriedade de manutenção veicular realizada pelas empresas.

Segundo a Associação, o cenário implicou também um prejuízo no transporte coletivo nacional de cerca de R$ 25 bilhões. Somente no Pará, em 2019, 905 mil pessoas, em média diária, utilizavam o serviço de transporte coletivo. Durante a pandemia, o número caiu para aproximadamente 100 mil usuários por dia, uma redução de quase 90% que também refletiu em outras dificuldades, como, por exemplo, as questões salariais dos colaboradores.

image Fora do horário de pico, os ônibus têm baixa procura. (Divulgação)

Entretanto, o distanciamento social apenas intensificou um movimento que tem se desenhado desde 1995 e reflete a queda de faturamento do setor. O período de 27 anos teve reduções com destaque para três momentos: entre os anos de 1995 a 1998, seguido por 15 anos de estabilidade; dos anos de 1999 até 2013, e novo encolhimento a partir de 2014, com registro negativo resultante da pandemia.

A migração para a utilização de outros meios de transporte, como os carros de aplicativos e bicicletas, é um dos motivos que contribuíram para a redução do número de passageiros no transporte público nacional com mais destaque para o período da pandemia, no qual as pessoas necessitavam manter as medidas de distanciamento social e recorreram às outras formas de deslocamento.

O desemprego é outro fator relevante que contribui para esta mudança, e que já vem ocorrendo antes mesmo da pandemia de covid-19, porque com a redução das ofertas de trabalho, os usuários não possuem poder econômico para outras atividades, incluindo o deslocamento com o transporte. 

A adoção e a permanência do regime de home office em muitas empresas após a pandemia de covid também reforça a queda no número de usuários, que já não precisam se deslocar para o seu espaço de trabalho. 

Subsídios como solução

Uma alternativa que pode implicar na melhoria do serviço ofertado à população, de acordo com a NUT, são os subsídios governamentais.

Tratam-se da diferença entre a tarifa técnica (custo suficiente para manter o sistema) e a tarifa pública (a passagem de ônibus paga pelo usuário). Nas cidades que já adotam o subsídio, o poder público custeia a diferença para manter a qualidade no transporte. Atualmente, Belém é uma das poucas cidades no Brasil que não contam com o suporte.

A adoção dos subsídios traz benefícios para a população, pois além de não ser mais responsável por custear o valor total das despesas, passa a contar com maior oferta de ônibus, inclusive em linhas com baixa demanda de passageiros; melhoria da frota e serviços de qualidade.

 

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