Com exemplo de família, motocross acelera movimento da solidariedade no Pará

Há 35 anos na modalidade, Betão envolveu a família no ato de ajudar pessoas através do esporte

Rosiane Rodrigues

Adrenalina, pulsação acelerada e expectativa do ronco dos motores no grid de largada são algumas das sensações que movem todo amante de motocross. No Pará, no entanto, o universo empoeirado sobre duas rodas ganhou nova altura com a prática da solidariedade. 

Um dos exemplos do modo virtuoso de pilotar a vida dentro do motocross é José Humberto Pereira de Melo. Aos 53 anos sendo 35 dedicados ao motocross, Betão - como é conhecido no meio - foi um dos precursores da modalidade no Estado e contou que teve a vida modificada após a primeira acelerada.

"Éramos empresários e frequentávamos o mesmo banco. Acabamos conhecendo o gerente do lugar, que veio do Paraná, onde já se praticava o motocross. Começamos a conhecer o esporte, a comprar as motos e a aprimorar as corridas", relembrou.

Não demorou até o motocross envolver a família de Betão. Ele casou novo e a esposa sempre o acompanhou nas corridas, junto com os filhos ainda pequenos. Juntos, levavam cestas básicas para doar aos abrigos de idosos da cidade onde iam competir. “Era muito bom. Este ano ou no ano que vem vamos tornar a fazer isso. Quando ajudamos alguém necessitado, estamos ajudando a nós mesmo", disse ao relembrar que as filhas citavam versículos bíblicos aos idosos durante horas de conversa.

DISCIPLINA

De apenas lazer, foi um salto até a modalidade se transformar em um estilo de vida. Betão relembrou que muitos chamavam os pilotos de “gente doida", pelos riscos na pista, mas destacou que a disciplina é fundamental para quem quer seguir no esporte.

“É para quem tem disciplina, quem faz exercício físico, porque o desgaste é grande. O motocross me deu muita força. A vida toda eu fui um gordinho e, há cinco anos, não estava mais conseguindo pilotar por causa da gordura. Aí, eu fiz a bariátrica, e o motocross me ajudou nesse processo”, disse o atleta, emocionado. Com mais de 300 troféus conquistados, Betão aumentou a galeria em 2019 quando venceu as categorias MX4 e MX5, do Campeonato Paraense de Motocross. 

Com a Pandemia do Coronavírus, as corridas foram adiadas. Betão está ansioso para que tudo normalize o mais rápido possível para que possam retornar às pistas. "A expectativa é grande para que essa pandemia passe logo e as corridas retomem", afirmou.

HISTÓRICO

Nascido na França, em 1939, a modalidade se popularizou nos Estados Unidos, na década de 60, e teve a primeira prova oficial no Brasil, em 1972, em São Paulo, para um público de mais de 3 mil pessoas. No Pará, o esporte chegou em 1981 já com a primeira competição, na pista do antigo camping Ibirapuera, em Castanhal.

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