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Pequenas empreendedoras paraenses veem potencial no mercado da moda no Estado

Dados do Sebrae Nacional mostram que micro, pequenas e médias empresas de moda predominam no país

Emilly Melo
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O desejo de ter a independência financeira e a persistência foi fundamental para Analú Lima, de 29 anos, montar o próprio negócio. A paraense viu no mercado da moda uma oportunidade para realizar o sonho de empreender. De acordo com dados compilados do Sebrae Nacional, micro, pequenas e médias empresas representam 97,5% dos cerca de 1,9 milhão de CNPJ ativos no país, com predominância do segmento de moda.

Apesar de jovem, Analú conta que o espírito de empreendedora sempre esteve presente na sua trajetória. “Minha história com o empreendedorismo começou bem antes mesmo da minha atual loja, acredito que com a influência indireta da minha família, eu fui me envolvendo nesse meio e me apaixonando cada vez mais”, conta a proprietária de uma loja.

Segundo ela, aos 15 anos já buscava formas de ganhar o próprio dinheiro, até que, em 2018, teve a iniciativa de montar uma loja de roupas. “Comecei investindo R$ 500, que ganhei da minha família no meu aniversário, e fui vendendo e reinvestindo, até chegar o momento que Deus me honrou, de forma que eu não senti dúvidas que era esse meu propósito”, relembra Lima.

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Analú conta que a loja ainda estava se solidificando quando a pandemia da covid-19 estourou, mas que conseguiu desenvolver o seu negócio apesar das dificuldades econômicas mundiais. Para ela, trabalhar com moda representa mais do que selecionar peças de roupa para venda.

“Eu queria um segmento que fizesse sentido pra mim, sempre me questionei se eu acordaria todos os dias da minha vida amando vender roupa e sempre a resposta foi a mesma: sim. Sempre fui curiosa em saber um pouco de tudo que envolvia e por amar demais fazer composições que não apenas vestissem pessoas, mas que trouxessem uma conexão diferente e é o que eu faço até hoje”, enfatiza a empreendedora.

Primeiros passos no empreendedorismo

Assim como Analú, Sabrina Ferreira, de 24 anos, começou a caminhar no empreendedorismo bem cedo. Aos 18 anos, decidiu montar um bazar on-line, mas não obteve sucesso.

“Emprestei R$ 100 da minha mãe para ir no comércio e comprar roupa para revenda. Todos os dias ia lá, comprava e vendia, até que juntei um dinheiro e fiz minha primeira viagem de compras para Fortaleza com R$ 1.500”, declara.

Sabrina conta que manteve as vendas no formato on-line durante dois anos até montar a loja na garagem da mãe dela e, posteriormente, se mudar para um ponto comercial no bairro da Pedreira.

Para Sabrina, a jornada de ser um microempreendedor é desafiadora, especialmente por depender de fornecedores de outros estados. Assim como ela, Analú também compartilha desta dificuldade e conta que faz o pedido da mercadoria ou viaja até os fornecedores.

“Em relação a outros estados, temos dificuldade de conseguir fabricar nossas próprias peças no Pará, tendo em vista que a mão de obra é muito pequena e enfrentamos problemas com produtividade e prazo, sendo assim, ficamos sempre limitadas a trazer de outros estados”, avalia Analú.

Por outro lado, Lima acredita que o mercado paraense de moda tem potencial de crescer ainda mais, agregando todos os estilos e orçamentos.

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