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Massoterapeutas de Belém investem até R$ 10 mil para empreender com bem-estar

Profissionais apostam em capacitação, redes sociais e ambiente sensorial para atender à crescente demanda por terapias integrativas

Gabi Gutierrez

Neste dia 25 de maio, celebra-se o Dia do Massagista — uma profissão milenar que, apesar de suas raízes ancestrais, se reinventa diariamente para atender às novas demandas da saúde e do bem-estar. Em Belém, o mercado da massoterapia tem crescido em sintonia com o movimento de autocuidado e terapias integrativas. Com investimentos que variam entre R$ 4 mil e R$ 10 mil, profissionais da área mostram que, mesmo começando do zero, é possível consolidar um negócio sustentável em poucos meses — desde que haja planejamento, formação adequada e um olhar humanizado.

Foi a dificuldade de conciliar trabalho formal e maternidade que levou Deiziane Barros, de 31 anos, a buscar na massoterapia uma alternativa de renda e autonomia. A história começou de maneira simples: a primeira maca foi instalada no quarto da filha, junto a uma caixa de ventosas e um frasco de óleo. O cenário improvisado escondeu, por pouco tempo, a grandeza da proposta. Em apenas quatro meses, os atendimentos já cobriam o investimento inicial de cerca de R$ 4 mil. Com o suporte financeiro do pai da filha, ela conseguiu conciliar maternidade e empreendedorismo — e deu início a um negócio voltado não apenas ao alívio das dores físicas, mas também ao cuidado emocional dos pacientes.

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Já Silvana Dias decidiu apostar na massoterapia ao perceber que o estresse cotidiano e o cansaço mental ganhavam espaço entre amigos e familiares. “Via mulheres exaustas, sem tempo para si, e decidi criar um serviço que oferecesse cuidado verdadeiro”, conta. O investimento inicial foi um pouco maior, em torno de R$ 5 mil, com foco em cursos e equipamentos básicos. Começou atendendo a domicílio com um conceito de home spa e, em cerca de cinco meses, já colhia os frutos do boca a boca — tão poderoso quanto o marketing digital, especialmente em Belém.

Hoje, ambas indicam que, para entrar na área e se manter atualizada, é preciso investir entre R$ 5 mil e R$ 10 mil. O valor cobre desde cursos técnicos e formações complementares até itens essenciais, como maca, cremes, óleos essenciais e iluminação adequada. Para Silvana, o aprendizado não pode parar: congressos, workshops e atualizações fazem parte do cotidiano de quem quer se destacar.

Atendimento humanizado é o diferencial

Tanto Deiziane quanto Silvana apontam o atendimento humanizado como um diferencial essencial. Mais do que aplicar técnicas, é preciso ouvir e compreender as dores e ansiedades de quem busca alívio no toque. Deiziane investe em protocolos personalizados, ajustando as sessões às queixas e prescrições médicas de seus pacientes — que vão de atletas a bebês. “Cada corpo traz uma história. E cada dor, uma necessidade diferente”, explica.
Silvana, por sua vez, decidiu atender exclusivamente o público feminino. Criou um ambiente sensorial, com aromas, iluminação suave, sons relaxantes e técnicas como aromaterapia e drenagem linfática. “As mulheres precisam de um lugar onde possam relaxar sem julgamento. Aqui, elas desligam do mundo lá fora e se reconectam com elas mesmas”, afirma.

Ambas reforçam que o ambiente faz parte da experiência — e que isso influencia diretamente na fidelização. O cuidado com cada detalhe, do toque ao perfume no ar, tem um efeito que vai além do físico: trata também o emocional.

Alta na procura e consolidação no mercado

O cenário é promissor, segundo as profissionais: a procura por serviços de massoterapia tem crescido visivelmente em Belém nos últimos anos, especialmente após a pandemia. A valorização do autocuidado, o impacto do trabalho remoto, a sobrecarga mental e até o clima quente da cidade contribuem para essa busca por alívio. “As pessoas estão mais conscientes de que saúde não é só ausência de doença, mas equilíbrio”, avalia Silvana.

Entre os serviços mais procurados estão os pacotes de relaxamento com óleos essenciais, massagens desportivas, drenagens e protocolos para fortalecimento muscular. Os preços das sessões variam entre R$ 80 e R$ 180, a depender da técnica e da duração, com possibilidade de pacotes mensais que facilitam a continuidade do tratamento.

Embora a clientela seja diversa, Silvana nota maior procura entre mulheres de 25 a 50 anos. Já Deiziane atende desde bebês até a terceira idade, com destaque para atletas em busca de prevenção e recuperação muscular.

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