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Startups se apresentam na segunda rodada de negócios do LibVenture

Projetos mostraram produtos e serviços que desenvolvem

Elisa Vaz
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Uma nova rodada de negócios do programa LibVenture, idealizado pelo Grupo Liberal em parceria com a Associação Paraense de Inovação e Tecnologia (Açaí Valley), foi realizada na tarde desta terça-feira (5), na sede do Grupo Liberal. A ideia foi usar o momento para conhecer propostas que poderão receber investimentos. Nesta primeira fase, ainda serão realizadas mais duas rodadas de negócios. O programa foi lançado em janeiro deste ano com o objetivo de criar um ambiente favorável ao desenvolvimento de startups no Estado, por meio da realização de eventos e prêmios de inovação, além da divulgação de conteúdos, com foco em tecnologia e criatividade.

De acordo com a diretora de mercado do Grupo Liberal, Aline Viana, a quantidade de startups alcançadas vai depender da avaliação. Para ela, a importância é tanto na parte de investimento quanto de visibilidade. “Às vezes, você tem ótimas ideias e um empurrão é necessário para o movimento, como a própria rodada de investimento e toda a mentoria por um grupo de pessoas que já acompanham a gestão de negócios. O centro principal é a visibilidade, a conexão, a mentoria e o investimento”, explica. O valor a ser investido em cada empresa dependerá de estudos.

Iniciativas que fazem diferença

Durante a tarde, o primeiro projeto a se apresentar foi o LeR. Representante do projeto, Aldo Alves explicou que a plataforma busca ser um agente transformador na forma como se consome a leitura. Ele destacou que existem, aproximadamente, 100 milhões de leitores no Brasil, mas que a média de leitura no país é menor que a mundial. “Temos muitos problemas para resolver, entre eles como fazer os livros chegarem às pessoas e como conectar a leitura a elas. O propósito do LeR é conectar pessoas, empresas e o poder público por meio da leitura”, declara.

Funciona assim: há uma plataforma parecida com uma rede social em que, ao buscar um livro, o aplicativo mostra pessoas que têm esse livro e querem emprestar e qual distância elas estão do usuário. É possível se conectar com elas por meio de um chat, além de fazer resenhas dos livros, por exemplo.

De acordo com as leituras, os usuários vão criando pontuações e recebendo benefícios em empresas parceiras do LeR. Eles poderão frequentar essas empresas parceiras e usufruir desse produto ou serviço, tendo acesso aos livros ofertados pelas empresas. Com a parceria com o poder público, será possível digitalizar o catálogo de livros do acervo e levar para o aplicativo – assim, todo o material seria gerenciado, como se cada biblioteca e livraria virasse uma pessoa, ou um perfil na rede social. De acordo com Aldo, a ideia faz com que a leitura seja acessível para todas as classes, já que a maioria das pessoas tem acesso a um smartphone.

Serviços de saúde agendados sem dificuldade

Já o Agende Rápido, outro projeto apresentado durante a rodada, é um sistema que facilita o agendamento de serviços de saúde. O representante da iniciativa, Danilo Rocha, diz que a ideia surgiu por conta de problemas de agendamentos de consultas e procedimentos, e o aplicativo propõe solucionar essa questão por meio de filtros inteligentes. “Agendar uma consulta se tornou algo chato de fazer, você perde tempo ligando, é um processo demorado e faz com que muitos pacientes desistam de marcar consultas. Nosso app faz com que você, na sua residência, pesquise pela especialidade que quer, informe se é particular ou conveniado e use filtros de distância e valor, ou seja, quanto você quer percorrer e pagar para esse profissional. E nós vamos mostrar exatamente o que você procura”, garante.

Enquanto isso, o profissional da saúde tem acesso a um “dashboard”, como se fosse um quadro, mostrando o histórico de consultas, os tipos de cada atendimento, nomes e dados dos pacientes, quantas consultas já foram realizadas, quantas ainda faltam e outras informações - tudo isso por meio do aplicativo. Hoje, já existem 10 clínicas parceiras cadastradas na plataforma.

Levando o gosto da Amazônia, a empresa Jambu Sinimbu é outro projeto que foi apresentado ontem. Arquiteta e criadora da ideia, Tatiana mostrou seus produtos, todos feitos com jambu: cachaça, molho de pimenta e, dentre outros, o destaque, chamado “tremidão”, um concentrado de jambu que tem finalidades cosméticas, gastronômicas e eróticas.

“As pessoas querem o jambu, mas é muito perecível, é desesperador mandar jambu para qualquer lugar do Brasil. Decidi desenvolver produtos que tenham praticidade com jambu. Em seis anos vendi mais de sei mil tremidões organicamente, sem marketing. E com ele a ideia é alcançar uma experiência sexual com um produto 100% feito na amazônia. Temos a tradição, só preciso de mais estrutura. Mas quero levar o jambu, de todas as formas, para o mundo”, aponta Tatiana.

Para tranformar a cadeia produtiva

O último projeto a ser apresentado foi o Amachains, startup que tem uma plataforma de gestão de rastreabilidade com marketplace. O rastreamento de produtos e serviços é feito utilizando blockchain e compliance para transformar as cadeias produtivas do agronegócio e da bioeconomia em redes de negócios sustentáveis.

Engenheiro de produção e técnico em agronegócio, Alexandre Bezerra, que é fundador e CEO da startup, diz que já existem mais de 80 produtores cadastrados na plataforma. “Hoje o agronegócio brasileiro movimenta R$ 2 trilhões. Nossa plataforma vai desde antes do produtor até o consumidor final. Os problemas que encontramos foram a fragmentação de informações da cadeia produtiva, contidas em sistemas dentro de cada um dos atores; e não há valor agregado na produção, é uma história não contada do produto. A solução é a digitalização e integração, rastreabilidade com marketplace. A gente traz um acesso a clientes”, explica.

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