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Prévia da inflação indica alta de 0,10% no mês de julho em Belém

Alimentação fora do domicilio foi um dos setores que sofreu elevação, com alta de 0,25%

Fabrício Queiroz
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O levantamento do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) mostra que Belém registrou tendência de inflação em julho, com alta de 0,10%. Com isso, a região metropolitana paraense nadou contra a corrente nacional, onde foi observada deflação de 0,07%. A pesquisa foi realizada entre 15 de junho e 13 de julho e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e da cidade de Goiânia.

Os dados mostram que cinco dos nove setores pesquisados tiveram elevação, sendo que o maior avanço foi notado em Transportes, com alta de 1,36%. A maior influência nesse segmento foi dos combustíveis, que subiram, em média, 3,86% no período, com destaque para a gasolina que avançou 4,17%. Artigos de residência (0,37%), despesas pessoais (0,05%), educação (0,17%) e comunicação (0,19%) também ficaram inflacionados.

No sentido oposto, os setores de alimentação e bebidas, habitação, vestuário e saúde e cuidados pessoais tiveram variação negativa. No campo da alimentação, por exemplo, a queda foi de 0,24% devido ao peso das compras para o domicilio. As retrações foram notadas em diferentes categorias, como óleos e gorduras (-4,28%); cereais, leguminosas e oleaginosas (-3,9%); farinhas, féculas e massas (-1,26%) e carnes (-1,18%).

Segundo Jorge Portugal, presidente da Associação Paraense de Supermercados (Aspas), o reflexo disso foi sentido nos preços de itens bastante consumidos. “Houve queda em óleo de soja, feijão, frango e carne e outros produtos. Isso é resulta de uma grande oferta. Percebemos que ocorreu uma redução no consumo de carne e com isso aumentou a oferta e, consequentemente, queda nos preços. Outro exemplo é do óleo porque tivemos uma super safra de soja, o que levou a essa redução significativa”, esclarece.

Para o empresário, o barateamento percebido deve aquecer as vendas de produtos alimentícios. “O setor acompanha toda essa dinâmica. Se há redução no preço do fornecedor, naturalmente vai diminuir para o consumidor final”, acrescenta Portugal.

Ainda assim, a alimentação fora do domicilio teve elevação de 0,25% nesse mês, sendo puxada pelo encarecimento dos lanches (0,68%) e da cerveja (3,34%). Porém, quem trabalha nesse ramo diz que vem adquirindo produtos mais caros há vários meses e, por isso, tem praticado preços mais altos atualmente.

É o caso de Fernando Paracampos, que vende refeições no bairro do Marco. Ele conta que vários itens necessários para a produção dos pratos feitos encareceram e foi necessário passar a cobrar mais caro para os clientes. No início do ano, ele vendia os pratos a R$ 10 a R$ 13. Agora, as refeições variam de R$ 12 a R$ 15.

“Todo mês tem pequenos aumentos. Agora, estamos percebendo mais no preço do feijão, do charque e da farinha. Antes, a chapa mista era vendida a R$ 10 e passamos para R$ 12. Tentamos manter um equilíbrio porque o nossos foco é oferecer qualidade, mas também tem os custos, então acabamos tendo que repassar um pouco dessa alta”, relata o vendedor.

No acumulado do ano, o IPCA-15 de Belém está em 3,18%, enquanto que a variação dos últimos 12 meses é de 3,87%. No Brasil, os índices para os dois períodos analisados são de 3,09% e de 3,19%, respectivamente.

Veja como ficou o IPCA-15 de julho em Belém

  • Índice geral: 0,10%
  • Alimentação e bebidas: -0,24%
  • Habitação: -0,33%
  • Artigos de residência: 0,37%
  • Vestuário: -0,10%
  • Transportes: 1,36%
  • Saúde e cuidados pessoais: -0,41%
  • Despesas pessoais: 0,05%
  • Educação: 0,17%
  • Comunicação: 0,19%
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