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Pescado ficou mais caro em Belém, com reajustes acima da inflação; confira

Dos 28 tipos de pescado comercializados, apenas o Pacu e a arraia terminaram o ano registrando queda de preço nos últimos 12 meses

O Liberal

A grande maioria do pescado comercializado em mercados municipais de Belém ficou mais cara em 2021 (janeiro a dezembro) e boa parte deles com reajustes acima da inflação calculada em 10,16% (INPC/IBGE) para o mesmo período. É o que mostra levantamento feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA), em conjunto com a Secretaria Municipal de Economia (Secon), por meio de um Convenio de Cooperação Técnica firmado desde 2013.

Dos 28 tipos de pescado comercializados, apenas o Pacu e a arraia terminaram o ano registrando queda de preço nos últimos 12 meses. Em dezembro, o primeiro era encontrado pelo preço médio (KG) de R$ 8,06, uma redução de -15,34% ao longo do ano, mas aumento de 0,75% na comparação com novembro. Já a arraia custava, em média, R$ 10,01, o que representa uma variação negativa de 4,76% no ano e aumento de 3,20% no mês (comparação com novembro).

Ao longo do ano, os maiores reajustes de preço foram verificados na piramutaba, que ficou 33,15% mais cara, chegando em dezembro com valor médio de R$ 14,86; pescada gó, com alta de 29,35% (preço médio de R$ 14,06 no último mês) e pratiqueira, que teve alta de 29,21% (fechando o ano com preço médio de R$ 14,86).

“Realmente, o período da inflação foi muito alto e todo o final do ano tem a falha do peixe e fica difícil pra gente, que é peixeiro. Fica complicado”, diz José Maria Tertuliano, que trabalha há 30 anos no mercado de peixe da Pedreira.

image Legenda (Sidney Oliveira / Jornal O Liberal)

Ele defende uma linha de crédito melhor e específica para atender quem trabalha com pescado. “Porque tem dia que ganha e tem dia que não”, reclama. “A inflação é o carro chefe da situação, se ela subir, aí sobe tudo, o pessoal tem pouco poder aquisitivo para fazer o gasto e sobe tudo”, continuou.

Na comparação com novembro, todos os tipos de pescado analisados na pesquisa tiveram aumento de preço em dezembro, com destaque para filhote, que teve alta de 10,99%, pratiqueira, com alta de 10,52% e pescada branca, que ficou 10,17% mais cara.

VEJA O QUADRO DEMONSTRATIVO DO PREÇO DO PESCADO EM BELÉM

TIPO DE PESCADO E PREÇO MÉDIO EM DEZEMBRO / VARIAÇÃO NO MÊS (EM COMPARAÇÃO A NOVEMBRO) / VARIAÇÃO NO ANO (JANEIRO A DEZEMBRO)

ACARI (R$ 9,10) / 7,06% /1,11%

ARACU (R$ 9,92) / 0,51% / 2,59%

ARRAIA (R$ 10,01) / 3,20% / -4,76%

BAGRE (R$ 10,35) / 4,97% / 13,61%

CAÇÃO (R$ 14,61) / 2,74% / 20,54%

C.PADRE (R$ 8,67) / 3,21% / 11,30%

CORVINA (R$ 16,06) / 6,71% / 19,49%

CURIMATÃ (R$ 11,47) / 0,79% / 9,34%

DOURADA (R$ 19,85) / 1,85% / 11,27%

FILHOTE (R$ 25,44) / 10,99% / 7,80%

GURIJUBA (R$ 19,37) / 9,81% / 11,90%

MAPARÁ (R$ 12,66) / 8,76% / 21,26%

PACÚ (R$ 8,06) / 0,75% / -15,34%

PEIXE PEDRA (R$ 14,07) / 9,07% / 10,96%

PESCADA AMARELA (R$ 25,62) / 6,31% / 18,28%

PESCADA BRANCA (R$ 14,08) / 10,17% / 10,69%

PESCADA GÓ (R$ 14,06) / 6,19% / 29,35%

PIRAMUTABA (R$ 14,86) / 4,72% / 33,15%

PRATIQUEIRA (R$ 16,50) / 10,52% / 29,21%

SARDA (R$ 12,98) / 1,56% / 13,46%

SERRA (R$ 13,55) / 8,31% / 14,54%

SURUBIM (R$ 17,81) / 1,77% / 9,06%

TAINHA (R$ 17,42) / 7,60% / 20,14%

TAMBAQUI (R$ 16,17) / 4,19% / 7,09%

TAMUATÃ (R$ 12,63) / 7,95% / 24,07%

TUCUNARÉ (R$ 18,38) / 0,44% / 9,34%

XARÉU (R$ 10,46) / 4,70% / 0,48%

PIRAPEMA (R$ 8,86) / 0,34% / 15,51%

FONTE: PESQUISA CONJUNTA DIEESE/PA E SECON (PMB)

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