Pará é o Estado da região Norte que possui mais empresas de construção civil
Pará está à frente do Amazonas, com 307 empresas em atuação a mais
O Pará liderou o ranking de estados da região Norte com maior número de empresas de construção civil em atividade, em 2019. Os números são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nessa quinta-feira, 17 de junho, e colocam ainda a unidade federativa na décima posição nacional em população ocupada na construção civil. Os dados fazem parte da Pesquisa Anual da Indústria da Construção (PAIC), que integra as estatísticas sobre o segmento empresarial no Brasil e ajuda a subsidiar o planejamento e decisão de órgãos governamentais e privados.
O Estado possuía, no ano de realização da pesquisa, 807 empresas da área da construção civil em atividade e empregava 51.207 pessoas. Esse apontamento colocou o Pará à frente do Amazonas, segundo lugar do Norte - com 500 empresas em atuação - e de Rondônia, terceiro 3º colocado - com 364 empresas -. Em 2010, o Pará tinha 782 empresas atuando nesse setor.
O Gerente de Pesquisas do IBGE, no Pará, Douglas Oliveira, aponta o crescimento do Estado em outros pontos. "Quanto à distribuição do valor de incorporações, obras ou serviços da construção para região Norte, o Pará cresceu significativamente, com a participação, em 2010, de 1,1%, indo para 52,9%, em 2019. No ranking nacional a distribuição de valor de incorporações, obras ou serviços da construção, o Pará ficou em nono lugar, representando uma participação de 3,1% do cenário nacional, traçado para o setor em 2019", informa.
Porém a participação do setor público na indústria da construção, no cenário nacional, registrou queda de 11,1% passando de 41,4%, em 2010, para 30,3%, nove anos depois. Desde o primeiro ano da década, o arrefecimento foi mais intenso nos segmentos de construção de edifícios, 33,5%, e no de obras de infraestrutura, 32,3%. O setor de construção de edifícios teve crescimento negativo de 6,1%, sendo apenas os serviços especializados para construção o único a pontuar positivamente, 8%.
No Brasil, as empresas da construção empregavam um total de 1.903.715 de pessoas há dois anos, contingente 22,5% menor do que em 2010, que possuía 2.457.809 empregos na área. Nesse período, o setor perdeu cerca de 554,1 mil postos de trabalho.
O Norte aparece como o último das regiões na análise de empresas com cinco ou mais pessoas ocupadas, no valor de incorporações, obras e serviços da construção, entre 2010 e 2019, com 6%, enquanto que a região Sudeste liderou em participações, 49,6%. Em relação à participação de mão de obra, o Norte também perdeu participação, caindo de 7,0% para 5,6%.
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