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Pará arrecada 21% a mais de impostos

Na comparação com 2020, a diferença chega a quase R$ 3 bilhões

Debora Soares

Mais de R$ 16,5 bilhões em impostos foram arrecadados no Pará entre janeiro e maio deste ano, segundo os dados do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT). Este número representa um crescimento de 21% em relação a igual período do ano passado, quando a arrecadação de tributos no estado chegou a pouco mais de R$ 13,6 bi. 

Em Belém, os dados apontam uma redução de 49,4% se comparados os cinco primeiros meses de cada ano. Ano passado, o Estado recolheu pouco mais R$554,8 milhões em tributos, mas durante os mesmos meses de 2021 o valor arrecadado em impostos foi de apenas R$371,3 mi. 

Segundo João Marcelo Santos, 38, Presidente do Conselho de Jovens Empresários (Conjove), da Associação Comercial do Pará (ACP), esse cenário de redução em Belém ocorre pelo fato da economia local ser baseada no setor do comércio e serviços que sofreram fortes impactos com o lockdown decretado para a capital durante 3 semanas e as medidas de restrições adotadas até hoje. “Como tivemos a pandemia muitos estabelecimentos fecharam. Outro ponto crucial para que 2021 tenha sido pior em nossa cidade, foi a renovação tão tardia dos auxílios emergenciais e com valores menores do que os estabelecidos em 2020. Temos uma dificuldade enorme de chegar crédito para região Norte, muitos provocados por vários pré-requisitos que dificultam a captação deste crédito”, afirma o presidente do Conjove.

O Estado já arrecadou pouco mais de R$16,8 bi para a economia local, o que representa cerca de 1,44% da arrecadação nacional. No Brasil, o valor atual já arrecadado chega a marca de R$1,1 trilhão, uma diferença de 37,5% em relação ao mesmo período de 2020.

No Estado, o setor industrial é o que mais contribui para o montante de impostos, isso porque o Pará é referência em exportações, principalmente, de minérios e a indústria não sofreu impactos tão fortes durante a pandemia como todos os outros setores. Outro segmento que também possui uma forte arrecadação é o da agricultura. O economista Erick Costa, 37, explica que “o aumento dos impostos em 2021, se deu pela retomada da economia por parte da indústria e do agronegócio. Como reflexo disso, o Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre do ano, teve um aumento de 1,2%, período  em que algumas atividades, como o comércio e o serviço também retomaram, melhorando assim o PIB e aumentando a arrecadação de impostos”, explica o economista.

O Impostômetro considera todos os valores arrecadados pelas três esferas de governo a título de tributos: impostos, taxas e contribuições, incluindo as multas, juros e correção monetária. As estimativas do IBPT são divulgadas a partir da plataforma digital Impostômetro,  metodologia idealizada pelo órgão em parceria com a Associação Comercial de São Paulo (ACSP), com a Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (FACESP), entre outras entidades.

Os cidadãos, pessoa física, foram os que mais contribuíram para a representação paraense, seguido das empresas e em último estão as micro e pequenas empresas que foram as que menos arrecadaram impostos esse ano.

Júnior Cunha, 30, constata essa diferença sempre que vai ao supermercado. Para o publicitário a carne foi quem teve a maior variação de preço desde o ano passado e foi a responsável pela sua mudança de hábitos. “Eu precisei parar de comprar carne vermelha, agora estou preferindo as proteínas mais baratas, como frango e peixe. Carne vermelha e camarão é bem raro eu comprar. Também não compro mais iogurte do tipo grego, como costumava comprar ano passado, opto pelos mais simples. Queijo eu compro bem menos do que antes”, relata o consumidor.

 

SUGESTÃO DE INFOGRÁFICO

Impostos arrecadados no Pará

-Em 2021 (janeiro à maio) R$16,512 bilhões

-Em 2020 (janeiro à maio) R$13,654 bilhões

-Aumento de quase R$3 bilhões

Impostos arrecadados em Belém

-Em 2021 (janeiro à maio) R$371,300 milhões

-Em 2020 (janeiro à maio) R$554,806 milhões

-Queda de quase R$200 milhões

Fonte: impostrometro.com.br

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Economia
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