Especialização garante salários mais altos aos trabalhadores

Pesquisa mostra que a diferença é de 150% a mais, sendo que algumas áreas têm mais destaque para as empresas

Elisa Vaz

Buscar especializações e atualizações no mercado de trabalho depois da graduação pode garantir ao trabalhador um salário mais alto. Uma pesquisa do Instituto Semesp, com base nos dados da Pnad Contínua divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que estudantes de especialização possuem rendimento acima de R$ 4 mil, valor 150% maior que a média de rendimento daqueles que fazem curso de graduação.

Como o mercado de trabalho tende a ser generalista, quem tem especializações pode se destacar, considerando que há uma exigência cada vez maior por certas áreas – e a diferença salarial é algo que deve ser considerado por todos os profissionais. A coordenadora de pós-graduação da Universidade da Amazônia (Unama), Thaise Leal, afirma que, desde o período final da graduação, o profissional em formação já deve analisar em que área pretende atuar e ingressar logo em seguida em um curso de especialização. Fazendo isto, ele potencializa suas chances de colocação no mercado de trabalho, enriquece seu currículo e ainda tem um ganho pessoal.

Pela experiência da profissional, no Pará, assim como em todo o território nacional, quem tem especialização recebe mais do que aqueles que possuem apenas graduação, principalmente quando se trata de empresas reconhecidas no mercado e órgãos públicos. Essa prática é chamada de progressão salarial, explica. Algumas áreas têm grande destaque no mercado, segundo Thaise: educação, saúde, direito, tecnologia e gestão. No interior de cada grande área existem as especializações, que podem potencializar e diferenciar o profissional no mercado de trabalho. Por exemplo, dentro da educação, uma especialização em alta é a de Libras e educação inclusiva; no direito, em violência de gênero; e assim por diante.

Vantagens

Além do ganho salarial, outro fator importante e que deve ser considerado por quem está em dúvida sobre fazer ou não uma especialização é o networking no ambiente acadêmico, pois dentro de sala de aula é possível conhecer profissionais que já estão na área de atuação almejada e que conhecem o mercado de trabalho. Dessa forma, o trabalhador se torna visto e pode ser indicado para uma possível vaga que surgir.

Um segundo aspecto para considerar fazer até mais de uma especialização é a atualização dentro do mercado de trabalho, na opinião da coordenadora de pós-graduação. “Um especialista que adquiriu sua certificação em 2010 não estudou o que o mercado pede hoje. Então, seja nas empresas ou em carreira pública, a especialização é a atualização profissional e de mercado”, avalia.

Superqualificação

Para muitos, ser superqualificado para um emprego pode parecer algo positivo, afinal, um candidato com mais experiência deveria ser colocado no topo da pilha de currículos, uma sorte até mesmo para o empregador. Mas nem sempre essa lógica funciona e, em muitos casos, ser “qualificado demais” pode virar motivo para ser descartado pelas empresas em processos de seleção. Segundo especialistas da área, nesses casos, a equipe de recrutamento tende a dizer para o candidato com profunda experiência em um campo que deveria aplicar seu currículo para cargos mais altos. O problema é que, na ausência dessa vaga em aberto dentro da empresa, o candidato acaba sendo rejeitado.

A preocupação é que o funcionário superqualificado logo sinta que não tem desafios, ficando entediado e ansioso pela próxima mudança, segundo os analistas de carreira. Mas, para Thaise, não é muito comum que o trabalhador enfrente problemas por ter um currículo “bom demais” para uma vaga. “De forma alguma, costumo dizer que somos eternos alunos e aprendizes. E a educação continuada deve ser nosso foco não apenas em razão de crescimento financeiro, mas também pelo crescimento pessoal. Quem faz uma segunda ou terceira especialização só tem a ganhar”, ressalta.

Um problema que existe é a superlotação de áreas em razão do crescimento demográfico, diz Thaise, e esse é um desafio do mercado. Por isso o profissional deve entender o local ao qual ele está submetendo seu currículo, quais as necessidades da empresa e o que ele pode oferecer para somar a ela, o que precisa estudar e saber para ser necessário, entre outros questionamentos que o ajudarão a ser contratado e ter sucesso na carreira escolhida e tão almejada.

Confira cursos de pós-graduação em alta em 2022

  • Direito com enfoque em segurança pública: Os alunos do curso têm preparo para atuar na segurança pública com propriedade e aprendem a desenvolver um trabalho com as abordagens mais eficientes, por meio de uma reestruturação de rotinas e procedimentos
  • Inteligência e gestão de estratégias: Uma pós nesta área vai capacitar o profissional para lidar com crises e proteger patrimônios informacionais que sejam pertencentes às instituições públicas ou privadas
  • Administração para engenheiros: Possibilita que os gestores de empresas que possuam profissionais engenheiros deem subsídios necessários para que atuem com proficiência na administração de projetos
  • Coaching: Geralmente, um profissional coaching pode ser de qualquer área de formação, pois neste tipo de pós-graduação se trabalham questões como autoconhecimento, disciplina, engajamento, superação e outros
  • Empreendedorismo, marketing e finanças: Este curso costuma priorizar mais as análises, estruturações e sínteses de práticas administrativas, promovendo a capacitação de profissionais por meio de conceitos inovadores na área de marketing
  • Marketing esportivo: Com forte demanda no Brasil, é um curso que objetiva garantir que seus alunos aprendam a desenvolver conhecimentos efetivos sobre a gestão e administração de um negócio, principalmente quando o intento é a sua promoção
  • Jornalismo investigativo: Quem fizer este curso terá acesso às principais ferramentas que podem ser utilizadas para apuração de informações em campos específicos, além de receber formação voltada para o desenvolvimento da capacidade de observação e análise
  • Gestão de bibliotecas públicas: É uma formação continuada para profissionais que já tenham o curso de graduação em biblioteconomia, e aprenderão a democratizar o acesso à informação e as principais técnicas gerenciais da administração

Fonte: Portal Universidade

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Economia
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