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Dia da árvore traz reflexão sobre a preservação do meio ambiente em Belém

Conscientização sobre a importância de proteger a natureza é a principal pauta de quem se envolve nessa luta

Elisa Vaz
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Cerca de 120 mil árvores estão plantadas na capital paraense, das quais mais de 12 mil são mangueiras, de acordo com dados divulgados pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma). No total, há três vias públicas, quatro praças, dois parques, dois canteiros e quatro praias que são consideradas áreas arborizadas na Cidade das Mangueiras. A cada 21 de setembro é comemorado o Dia da Árvore.

A atual administração de Belém ainda utiliza o Plano Municipal de Arborização (Pmab), que entrou em vigor na gestão do prefeito Duciomar Costa. O documento tem como objetivo ordenar a arborização da cidade e, nele, estão previstos a preservação, manejo e expansão, além de multa para quem desrespeitar a regulamentação. Embora a Semma tenha informado que faz plantio semanalmente pela cidade durante anos, o número – 120 mil árvores – é o mesmo desde a gestão de Duciomar.

Um projeto municipal que tem atuação voltada para a proteção do meio ambiente é o Florir, iniciativa das secretarias municipais de Saneamento (Sesan), de Urbanismo (Seurb) e de Meio Ambiente (Semma), para o plantio de 20 mil mudas de vegetais de várias espécies até o final deste ano. De acordo com o titular da Sesan, Claudio Mercês, o projeto vai requalificar os espaços públicos da capital, além de garantir paisagismo, arborização e cultivo de flores em praças e canteiros. 

Até o momento, 12 praças já foram atendidas. Na praça Brasil, por exemplo, foram plantadas mudas no entorno da base do tronco de cerca de 30 mangueiras existentes naquele espaço público, em trabalho realizado por equipes da Sesan. "Importante dizer que as ações são realizadas dentro do plano de arborização da cidade. São 20 mil árvores arbóreas, vegetação conhecida pelo grande porte. Pelas ações do Florir, Belém tem sido contemplada pelo aspecto paisagístico da cidade, mas também com obras nos canteiros centrais e na região ao entorno das árvores, conhecida como 'gola de árvore'", pontua o secretário.

Ele ainda explica que os ganhos são diversos em uma cidade com muitas árvores, com destaque para o conforto térmico, sombras, absorção de ruídos, aumento da umidade relativa e a valorização do aspecto imobiliário.

Cuidado com o meio ambiente é passado de geração em geração

A engenheira agrônoma e paisagista Juliane Moutinho ressalta a importância de se fazer a preservação das árvores, já que o cuidado com elas é uma das formas de proteger o meio ambiente, fundamental para manter a saúde do planeta e de todos os seres vivos. “É uma forma de ajudar a fazer um lugar melhor para se viver, com mais qualidade ambiental e bem-estar. Conservar recursos naturais e usá-los de forma adequada só traz benefícios ao homem, e conecta cada vez mais pessoas à natureza”, argumenta.

Juliane relembra que se apaixonou pelo paisagismo ainda no primeiro ano da faculdade e direcionou sua atenção à arborização. Depois, começou a atuar na área pública, participou da criação da Fundação Parques e Áreas Verdes de Belém (Funverde), atual Semma. Hoje, atua na Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), na área de políticas públicas ambientais e, paralelamente, também trabalha com planejamento da paisagem – projetos e execução de paisagismo e arborização – em sua empresa. “Nessa área, precisamos estar sempre estudando, buscando novos caminhos e soluções para problemas antigos, causados sobretudo pelos impactos negativos da urbanização”, destaca.

Especialista em botânica e mestre em gestão de recursos naturais e desenvolvimento local, Juliane também é professora de responsabilidade socioambiental. Ao longo de toda a sua trajetória profissional, Moutinho já plantou inúmeras árvores na capital – ela participou do último projeto paisagístico do Centro Arquitetônico de Nazaré (CAN), entre 2005 e 2006, e do projeto de plantio de ipês na avenida Almirante Barroso. Mas, uma das árvores tem uma história especial: um dia antes de sua filha nascer, Juliane plantou uma samaumeira na Praça da República. Hoje, a planta já tem 23 anos, e é considerada “irmã” de Maria.

Juliane conta que, para escolher a área, bastou seguir seus instintos, e acredita que o amor pela natureza está em seu DNA – as famílias de sua mãe e de seu pai eram de produtores rurais, embora ela só tenha atuado de forma próxima depois que o pai faleceu. “Ele não queria que eu fosse ‘doutora do mato’, como ele dizia. Ele era promotor público e queria que eu seguisse na área. De certa forma, honrei depois que comecei a lidar com legislação ambiental”.

Quanto às gerações mais novas, a troca de conhecimento foi inevitável, já que o marido de Juliane também era agrônomo. Todos na casa são direta ou indiretamente engajados nas causas ambientais. Uma das filhas, Julia, é jornalista e trabalha em uma Organização Não Governamental (ONG) que impulsiona negócios sustentáveis na Amazônia. Maria é acadêmica de Medicina, Filipe está se formando em Agronomia e Adriano Neto, em Administração. Os dois últimos trabalham com ela em sua empresa.

Projeto ajuda a natureza com reciclagem

Outra forma de cuidar do meio ambiente, além do plantio de árvores e da arborização das cidades, é fazendo coleta seletiva adequada. É nesse sentido que a Associação Amigos de Belém conscientiza a população de Belém, por meio de diversas ações e projetos visando à construção de uma cidade socialmente mais justa e ambientalmente mais saudável. Entre as atividades, está a realização de ações que combatem o descarte irregular de lixo, como a prática e a orientação sobre coleta seletiva e descarte regular de materiais orgânicos e não orgânicos.

Integrada por profissionais qualificados e mais de 170 voluntários, a associação não tem vinculação partidária e é independente financeiramente, sem fins lucrativos. Pensando na conscientização da sociedade e na redução do descarte irregular de lixo nas praias paraenses, a entidade criou o projeto Catamor, em que a equipe visita balneários para desenvolver diversas ações.

O objetivo principal é reduzir os impactos negativos – sociais, econômicos e ambientais – resultantes da utilização de processos inadequados de manejo de resíduos sólidos, por meio da implantação em larga escala da coleta seletiva, reciclagem e compostagem. Também há o projeto Catamor na Maré, que percorre a ilha do Combu para recolher resíduos dos estabelecimentos e encaminhar para uma cooperativa que dará o tratamento ambientalmente adequado.

Veja quais são as áreas arborizadas em Belém:

Vias públicas:

- Av. Nazaré / Magalhães Barata

- Av. Gov. José Malcher

- Av. Pres. Vargas

Praças:

- Praça da República / Sereia

- Praça Batista Campos

- Praça D. Pedro II

- Praça do Operário (em frente ao terminal rodoviário)

Parques:

- Horto Municipal

- Bosque Rodrigues Alves

Canteiro central:

- Av. Júlio César

- Av. Almirante Barroso

Praias de Belém:

- Farol (Mosqueiro)

- Chapéu Virado (Mosqueiro)

- Murubira (Mosqueiro)

- Praia Grande (Outeiro)

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