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Abertura de empresas no Pará cresceu 20%

Aumento no Estado é superior ao índice nacional. Fechamento de empresas caiu.

Abilio Dantas
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Apesar da pandemia de coronavírus, a Junta Comercial do Pará (Jucepa) afirma que até agosto aumentou em quase 20% o número de novas empresas no Pará, em comparação com o mesmo período no ano passado, o que significa mudança de 31.106 empresas criadas para 37.177. O aumento é superior ao registrado nacionalmente, que foi de 0,5%, de acordo com o Ministério da Economia. Em âmbito nacional, o número passou de 2,14 milhões de empresas abertas em 2019 para 2,152 milhões.

O fechamento de empresas, por outro lado, recuou neste ano no Pará, também segundo a Junta Comercial, já que foram fechadas 7.784 empresas. Em 2019, esse número foi de 10.015. Ou seja, em relação a 2019 foi registrado um aumento de 19,52% na quantidade de empresas abertas e uma redução de 22,28% na quantidade de empresas extintas. Segundo o Ministério da Economia, de janeiro a agosto de 2020, 682.750 empreendimentos foram fechados, contra 799.025 em igual período do ano passado, o que representa uma queda de 14,5%.

A presidente da Jucepa, Cilene Sabino, informa que na semana passada foi iniciado um projeto, em parceria com o Governo do Pará, que isenta novos empreendedores das taxas cobradas pelo órgão. “É um projeto de fomento à economia inédito no Brasil. Ofertamos gratuitamente aos mil primeiros empresários um certificado digital tipo A3 Token Padrão ICP Brasil. O projeto iniciou no dia 14 de setembro e vai até 14 de novembro. O balanço do início do projeto até agora é de que tivemos um aumento de mais de 300% de registros comparando ao mesmo período de 2019”, comemora.

Dos negócios criados no Pará, ainda segundo Cilene Sabino, a maioria são pequenas e microempresas dos segmentos do comércio, indústria e serviços. “Mas temos de tudo um pouco”, diz a presidente

Novos empreendedores

Neyvicton Trindade faz parte do grupo de empresários que estrearam seus empreendimentos já em plena pandemia. Há dois meses ele iniciou as reformas do espaço onde hoje está localizada a Pitomba.Floricultura, na avenida Independência, e há apenas duas semanas começou a vender seus produtos; flores e plantas de diferentes formatos e especificidades. Ele conta que o hábito de cultivar plantas está na terceira geração em sua família, já que iniciou com a avó materna e depois passou para a mãe dele. O amor pelo ofício fez com que ele largasse um emprego como editor de vídeo para concretizar o sonho de ter o negócio próprio.

“Já vinha trabalhando a ideia de sair do emprego para abrir um negócio. Com a pandemia, os aluguéis ficaram bem mais baratos e pude começar a montar a floricultura”, conta. Para que o contágio pela covid-19 seja prevenido, os atendimentos são feitos por entregas e, quando o cliente vai ao local, precisa utilizar máscaras, higienizar as mãos com álcool em gel e respeitar o distanciamento social. “Além de vender, também oriento as pessoas sobre as plantas mais apropriadas para cada local. Às vezes as pessoas pensam que não podem ter uma planta em casa porque vivem em uma casa pequena ou com pouca luz, mas mostro que em qualquer lugar é possível cultivar uma planta, basta ter a informação correta”, ensina.

A dedicação para realizar um sonho foi também o que moveu Ana Paula Paraguassú Andrade a inaugurar, há pouco mais de dois meses, o estúdio de estética Bella e Corpo, no bairro do Jurunas. A enfermeira de formação convenceu a mãe de se aproximar também do ramo. Com o tempo, o pai também foi contagiado para ajudar e utilizou as economias de uma vida, segundo a filha, para contribuir com a construção da clínica.

“Apesar da pandemia, abrimos nosso negócio e estamos realizando nosso sonho. Eu também vendia outros produtos, como relógios, e o que observei é que muita gente que soube se adaptar, que soube usar as redes sociais, vendeu até bem mais do que o normal. É uma questão de estar atualizado”, observa.

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Economia
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