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Palco Giratório apresenta espetáculos gratuitos nos teatros do Sesi e do Sesc Ver-o-Peso, em Belém

A partir de hoje, 8, até o sábado, 11, com os espetáculos “Adeus Maria” (MT), “Cuidado com Neguin” (RJ), “Senhora P” (DF) e "Joana" (PA), sempre às 19h30

Emanuele Corrêa
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O projeto "Palco Giratório do Sesc" volta a circular em sua 25ª edição a partir de hoje, 8, até o sábado, 11, com os espetáculos “Adeus Maria” (MT), “Cuidado com Neguin” (RJ), “Senhora P” (DF) e "Joana" (PA), sempre às 19h30, no Teatro do Sesi, na avenida Almirante Barroso até sábado, e no domingo no Teatro do Sesc Ver-o-Peso, na Boulevard Castilhos França, em frente a Estação das Docas, com entrada gratuita.

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O primeiro espetáculo a se apresentar hoje, 8, é “Adeus Maria” do Grupo Primitivos do Mato Grosso. A classificação é livre, e a peça retrata uma vila de pássaros, com um vaidoso Canário, Pardais "fofoqueiro" e uma Maria-de-Barro que passa os dias esperando a mudança para se sentir feliz. Amanhã, 9, estreia “Cuidado com Neguin”, do carioca Kelson da Silva Nascimento, com classificação de 16 anos e aborda questões sobre o racismo e a sobrevivência na cidade.

Na sexta, 10, tem a peça “Senhora P”, da artista Adriana Lodi em que aborda as violências contra as mulheres, também com censura de 16 anos. E, para finalizar, sábado, 11, tem o espetáculo "Joana", do grupo Cuíra, e conta a história de uma prostituta, no contexto da criação da hidroelétrica de Tucuruí.

Enoque Paulino, analista de Cultura Sesc Pará, explicou a volta do projeto e a curadoria feita. "São muitos meses do ano dedicados em assistir espetáculos e debater sobre os pontos fortes de cada um até chegarmos no formato que foi apresentado o Palco Giratório em 2023. O que nós vamos assistir em Belém é uma mostra dos 15 espetáculos selecionados para a circulação nacional do Palco giratório, que hoje é o maior projeto de circulação de espetáculos que o Brasil tem", afirmou.

"Todos os espetáculos são gratuitos. Os ingressos podem ser retirados presencialmente na bilheteria do Teatro do Sesi, grande parceira dessa edição, ou podem retirar os ingressos pelo sympla. Tudo de graça… Ficamos no Sesi até sábado e no domingo pela manhã, temos o último espetáculo da mostra Sesc Palco Giratório no Centro Cultural e de turismo Sesc Ver-o-Peso”, completou

O objetivo do projeto é promover o intercâmbio dos processos com espetáculos de vários estados brasileiros. O Grupo Cuíra, do Pará, finaliza as apresentações, no sábado, 11. O espetáculo "Joana" será apresentado e a atriz, Zê Charone conta em qual história a trama é alicerçada. "O espetáculo é baseado na vida de Joana, uma prostituta que veio morar em Tucurui na época da construção da Usina [hidroelétrica de Tucuruí]", iniciou.

"O psiquiatra Geraldo Sales que mora em Tucurui, enviou para o Edyr Augusto o livro 'A Leseira Itinerante - Histórias de um psiquiatra pelas estradas, matas e rios do sul do Pará', livro escrito por Fabiana Nanô, que descreve as atividades do psiquiatra. Ele indicou a história de uma mulher que faz tratamento no Caps com ele. História é fantástica, que nos deixou com uma vontade danada de mostrar no teatro", contou.

"Joana" tem direção de Olinda Charone e é interpretada por Zê, além de mais cinco pessoas na equipe. No palco, charone apresenta A Joana que ganhou a vida com a prostituição enquanto a hidroelétrica estava sendo construída. "No palco, estou só, com a Joana e todas as pessoas que ela conheceu em sua trajetória. É uma equipe enxuta, mas formada por grandes profissionais, muito experientes, o que facilita muito o resultado", esclareceu.

"O espetáculo é destinado ao público, mas tem um direcionamento mais favorável as mulheres, para dar compreensão da realidade de outras mulheres do Norte do País, desprovidas e subalternizaras. O espectador mergulha nesse emocional, faz uma reflexão crítica, e começa a olhar ao seu redor e perceber que nas zonas periféricas estão milhares de Joanas", continuou explicando o que o público pode esperar da apresentação.

Não é a primeira vez que o grupo Cuíra apresenta o espetáculo. "Joana" foi montada em 2021, e Zê comemora a volta aos palcos e, também, a volta do projeto Palco Giratório. "Participar do palco giratório é só alegria e entusiasmo após longo tempo que não se faz o projeto aqui", disse.

O Cuíra tem 42 anos de trajetória e está atualmente localizado no bairro da Cidade Velha. Além das apresentações teatrais, Zê relembra que atuam com os projetos sociais, por meio da arte. "Desde o início, decidimos usar, sempre que possível, autores locais, para mostrar a pujança de nosso teatro. Também tivemos a ousadia de ter um teatro próprio, em plena zona do meretrício, onde ficamos por nove anos e desenvolvemos trabalhos não somente artísticos, mas sociais com o público do entorno. Agora, na Cidade Velha, também realizamos oficinas e outros trabalhos com as pessoas do Porto do Sal, principalmente, crianças", finalizou.

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