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Karen Tavares lança a prévia do álbum 'Mandou Chamar'

O projeto passeia pelos ritmos afro-brasileiros.

Redação Integrada

A intérprete Karen Tavares apresenta a prévia do novo álbum “Mandou Chamar” nesta quarta-feira, 31, nas plataformas digitais. As duas primeiras faixas do projeto compõem o primeiro EP do total de três a serem lançados pelo selo Ná Figueredo. O álbum reúne composições de artistas paraenses em samba, carimbó, batuques, lundu, Ijexá e outros ritmos relacionados ao mergulho da artista na afro-religiosidade.

Ouça aqui.

“’Mandou Chamar’ é um chamado não apenas musical, mas de toda uma ancestralidade que hoje reconheço e reverencio”, declara. O primeiro EP foi contemplado pelo Prêmio Rede Virtual de Arte e Cultura da Fundação Cultural do Pará.

“Mandou Chamar” terá 11 faixas já gravadas, cujo lançamento tem previsão de ser finalizado em junho. Esta prévia traz orações saudando orixás. Na primeira faixa, “O Batizado” (composição do trio RDR, formado por Rodrigo Meireles, Diego Xavier e Raoni Corrêa), Karen ressalta o ritmo agueré ao abordar a iniciação no Tambor de Mina. E, na segunda canção, “Agô” (Carla Cabral), o toque do Tambor de Mina pede licença a Iemanjá para saudar e trabalhar. “Essas músicas têm arranjos e composição artística que não são puramente o toque feito na religião, mas que serviu de inspiração”, revela.

Além de assinar uma das composições, Carla Cabral assume a direção artística e a produção executiva do álbum, enquanto Diego Xavier, um dos autores da outra faixa, fez a direção musical e os arranjos em violão, cavaco e bandolim.

O planejamento para o novo álbum teve início há cerca de cinco anos, quando Karen começou a frequentar um terreiro de Tambor de Mina. A identificação despertou o reconhecimento artístico e fez surgir na cantora uma filha de santo.

“Há 15 anos eu dedico a minha carreira ao samba, que me levou até o terreiro. Procurei conhecer mais a fundo essa realidade e a origem dos batuques, que vêm dos terreiros e das religiões de matriz africana. Fiquei no terreiro da Mãe Clélia, Casa de Mina Jeje Nagô. Alguns compositores passaram a escrever pra mim e a me apresentar as músicas para que eu pudesse interpretar”, detalha.

“O álbum conta uma história em que você vai se envolvendo com essa fé e energia que ele vai mostrando. Ele pede licença aos orixás e fala sobre as iniciação ao santo (temas do primeiro EP) e entra na encantaria, passa pelo batuque do carimbó e lundu e termina no jongo, fazendo um passeio pelos batuques brasileiros, não só amazônicos”, descreve.

O conjunto dos lançamentos é recheado de músicas inéditas. A exceção é a faixa “Barreira do Mar” (André Nascimento), que já foi gravada pelo Sankari. O segundo EP terá três faixas com perfil audiovisual, e tem lançamento previsto até maio. “Estou começando a gravar o álbum audiovisual do próximo EP. E o álbum final, que vai sair até junho, terá um videoclipe”, antecipa.

O álbum prioriza a composição do norte brasileiro em diálogo com a linhagem dos tambores genuínos da Amazônia, sempre em consonância com histórias, preceitos, devoções e toques vividos dentro do terreiro.

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