Julgamento sobre possibilidade de utilização do nome 'Legião Urbana' é adiado

A disputa jurídica sobre a utilização do nome de uma das bandas de rock mais conhecidas do Brasil, o Legião Urbana foi adiado. O julgamento que estava marcado para ocorrer nesta terça-feira (06), no Supremo Tribunal de Justiça (STJ), foi adiado sem previsão. Os membros remanescentes do Legião Urbana, Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá disputa juridicamente com Giuliano Manfredini, filho do ex-vocalista da banda, Renato Russo, a possibilidade de usar o nome da banda. 

O filho de Renato quer ter exclusividade sobre a marca Legião Urbana. O embate já dura oito anos. Em entrevista ao canal por assinatura CNN Brasil, o guitarrista Dado Villa-Lobos declarou que não quer o controle da marca para lançar materiais comerciais, mas apenas para shows, como em 2015, quando comemorou os 30 anos do primeiro disco do grupo.

“Nós não queremos a marca, quero só poder cuidar do meu patrimônio artístico que está nos 12 discos do Legião. Tudo isso nasceu porque em 2015 um juiz nos autorizou a comemorar os 30 anos do primeiro disco,” disse o guitarrista. “Não quero vender camiseta, eu quero preservar a verdade, a história.”

Para Villa-Lobos, os principais prejudicados serão os fãs, já que isso poderá determinar o fim de novos projetos com o material da banda. “Se a gente perder hoje pode enterrar o Legião Urbana pois nenhum projeto sobre a banda vai acontecer. Estamos enfrentando uma jurisprudência bizarra em que uma terceira pessoa, que não tem nada a ver com a banda, vai ter controle da nossa obra.”