CONTINUE EM OLIBERAL.COM
X

Dona Onete indica escritores e artistas paraenses

A cantora ressalta a importância de valorizar a cultura local

Painah Silva
fonte

Ionete da Silveira Gama, ou Dona Onete, é a convidada para fazer indicações essa semana em O Liberal. A artista de 82 anos é natural de Cachoeira do Arari, e é uma das personalidades mais conhecidas no gênero carimbó. Tanto que até se apresentou em festivais nacionais como o Rock in Rio de 2019. Dona Onete é a voz por trás de sucessos como “No meio do Pitiú”, “Jamburana” e “Boto Namorador” que foram temas em novelas da Rede Globo. 

Mesmo sendo um dos ícones da música paraense, Ionete nem sempre esteve no meio artístico, como quando lecionou durante 25 anos, sendo professora de história. Além do trabalho com a educação, a cantora também já foi Secretária de Cultura. Ela fundou e também organizou grupos de danças folclóricas e agremiações carnavalescas.

Sua carreira na música começou de fato, quando ela tinha 62 anos, quando já estava aposentada. Em 2012, a artista lançou o seu primeiro CD, intitulado como “Feitiço Caboclo”, produzido pelo músico Marco André, e desde então não parou mais de escrever novas canções

Hoje, 30, Dona Onete indica artistas e escritores que valem a pena conhecer, segundo ela. Sua primeira indicação é o escritor Benedicto Monteiro, autor de livros como “Verde vagomundo” e “Maria de todos os rios”, e Zeneida Lima, que inclusive foi a homenageada na Feira Pan-Amazônica do Livro, de 2021. O livro da escritora “O Mundo Místico dos Caruanas da Ilha do Marajó” é o escolhido pela artista. “O livro dela fala de coisas importantes da Ilha do Marajó. Lá de onde eu nasci. É um livro muito bom para a pessoa saber das coisas que acontecem no seu próprio estado”, comenta Dona Onete. Ambos escritores e suas narrativas coincidem muito com a vivência pessoal da compositora e é motivo de orgulho. “Eles tiveram grande importância”, afirma. 

Já na música, a paraense indica dois Mestres de carimbó, com os quais ela se identifica bastante. O primeiro deles é o Mestre Damasceno, natural do Marajó, criador do búfalo-bumbá, e o Mestre Laurentino. “Ouçam as coisas (obras) deles. Vocês vão ficar encantados. Como é bom ouvir as nossas coisas (regionais)”, aponta. Dona Onete aproveita e deixa um recado: “Tem muitos músicos novos, mas ainda vão ter a oportunidade da Dona Onete falar. Mas esses dois já são idosos e vamos cuidar dos nossos velhinhos primeiro”.

(Estagiária Painah Silva, sob supervisão da Coordenadora de Conteúdo de Cultura, Sonia Ferro)

Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱
Cultura
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

ÚLTIMAS EM CULTURA

MAIS LIDAS EM CULTURA