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Documentário sobre Belchior estreia no Brasil no 'É Tudo Verdade'

Documentário de Natália Dias e Camilo Cavalcanti tem participação especial de Silvero Pereira, que declama poesias e letras do compositor

Thainá Dias

A 27ª edição do “É Tudo Verdade - Festival Internacional de Documentários”, será aberta hoje, 31, numa versão híbrida, com exibições presenciais nas salas de cinema de São Paulo e no Rio de Janeiro e oferecendo mais uma vez quase toda a seleção em streaming gratuito para todo o país até o dia 10 de abril, nas plataformas É Tudo Verdade Play, Itaú Cultural e Sesc Digital.

Entre os  documentário está o aguardado “Belchior – Apenas um coração selvagem”. O filme marca a estreia de Natália Dias e do mineiro Camilo Cavalcanti na direção de documentários. “Nosso filme começa em 2016, com Belchior ainda vivo. Um desejo que nasce junto ao grito ‘Volta, Belchior!’, movimento que, para além da internet, já estampava os muros do país. Atravessados por essa obra potente, decidimos mergulhar nas palavras de Bel. Nosso foco sempre foi a palavra, a construção de uma poesia afiada, a força das mensagens, a atemporalidade dos versos. Fomos conduzidos por esse personagem complexo e contraditório no processo de descoberta do filme”, explicou o diretor, Camilo Cavalcanti.

A obra retrata a trajetória de um dos compositores mais importantes da Música Popular Brasileira. Com a canção “Mucuripe”, em 1972, em parceria com o também cearense Fagner, Belchior começa a ganhar destaque. A faixa foi gravada na voz de Elis Regina, que ajudou a consagrar a obra do artista ao interpretar “Como Nossos Pais”. O cantor faleceu em 2017, vítima de um aneurisma, mas deixando um legado eterno para seus admiradores.

Natália Dias ressalta que o desejo dos diretores era trazer a palavra do Belchior através de pessoas que tivessem alguma ligação com o artista. “Sempre pensamos no Silvero Pereira como uma dessas pessoas, por toda sua força como artista, por ser também cearense e trazer muitos signos presentes na poesia de Belchior. Silvero abraçou a ideia imediatamente, disse que se sentia parte da poesia cantada pelo Belchior. Que muitas das músicas poderiam falar de sua vida e trajetória artística”, relatou.

A história e as contradições do cantor e compositor de Sobral, no Ceará, são mostradas no filme por meio de imagens de arquivo e depoimentos de diferentes momentos dos 40 anos de carreira do artista. Contado em primeira pessoa, o longa traz entrevistas do artista e apresenta poemas e letras da obra do cantor, declamadas pelo ator Silvero Pereira.

O Festival exibirá 77 produções, entre longas, médias e curtas, inéditas no país. São filmes de 34 países. Além disso, o evento também terá debates, conferências, master classes, entre outras atividades. A tradicional Homenagem será para Ana Carolina, que exibirá três curtas-metragens de sua obra produzidos entre 1969 e 1975: “Indústria”, “Getúlio Vargas” e “Anatomia do Espectador”. A Retrospectiva desta edição será com Ugo Giorgetti, que trará curtas, médias e longas do cineasta produzidos entre 1973 e 2021. O programa inclui ainda a 19ª Conferência Internacional do Documentário, que neste ano discute o Patrimônio do Cinema Documental.

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