Black Mamb4 Records lança ‘Dia de Rock’ para celebrar o rock doido e a cena musical belenense

Tião Mamb4, Vitor Z3ro, Negrabi e MC Cakau mesclam rap, funk carioca e tecnomelody. A música traduz a atmosfera dos bailes que movimentam os fins de semana, as ruas e a comunidade, confira

O Liberal
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A produtor Black Mamb4 Records, nascida na periferia e para a periferia de Belém, lançou “Dia de Rock” nesta sexta-feira (7). A música dos artistas Tião Mamb4, Vitor Z3ro, Negrabi e MC Cakau apresenta o rap paraense ritmado nas batidas do funk e chega ao público acompanhada de um videoclipe esteticamente forte, cheio de trechos e elementos das festas populares paraenses.

A collab reafirma a potência das periferias amazônidas e traz como corpo coreográfico o Corpo de Dança da Black Mamb4 Records (CDBMR), coordenado pela multiartista Azuliteral, além de coletivos convidados: Twerkseiras, Black List Crew e Favelados Dance, que somam ao clipe uma dimensão cênica marcada pela diversidade de movimentos, corpos e presenças, explica a assessora de imprensa, Evelin Stefanie Paixão.

A ideia do projeto surgiu a partir de um beat produzido por Victor Z3ro, mas ganhou centralidade quando MC Cakau visualizou nele a oportunidade de criar um encontro entre vozes que vivem e fortalecem a cultura do “rock doido”, com as festas de aparelhagem, som automotivo, celebração coletiva e potência periférica. “A temática nos une porque todos crescemos em meio ao rock doido paraense. A música nasce das nossas vivências e identidade compartilhada, é algo verdadeiro”, afirma Cakau. Assista:

Misturando rap, funk carioca, tecnomelody e tecnofunk paraense, a música traduz a atmosfera dos bailes que movimentam os fins de semana, as ruas e a comunidade. Tião Mamb4, produtor musical ao lado de Vitor Z3ro e responsável pela direção audiovisual junto a Gabriel Melo e Rafael Gomes, explica: “Minha letra fala dos preparativos pro rock doido, a galera se arrumando, o encontro no espaço da festa. Gravamos no próprio ambiente onde isso acontece, com decoração, iluminação e muita gente dançando, porque isso é viver o rock doido de verdade”. Para ele, o lançamento reafirma a presença da Black Mamb4 nas produções audiovisuais da periferia: “É feito por nós, com a nossa cara, pra quem vive essa cultura”.

Na construção da faixa, cada artista trouxe seu universo. Vitor Z3ro, responsável pelo beat e parte da letra, define sua abordagem como experimental e conectada à dança: “Na minha parte, eu trago a vivência de quem dança. Cito steps de danças urbanas que eu lanço quando tô no rock. É corpo no som”.

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Já Negrabi imprime sedução, poder e identidade preta feminina: “Eu narro como vivo meus dias de rock, trazendo uma atmosfera que une desejo e regionalidade. Meus versos são direcionados a uma mulher negra encantadora e indomável. A ideia é afirmar poder e autonomia preta”. MC Cakau reforça a presença da cultura periférica e da coletividade como centralidade conceitual e narrativa: “Minha letra fala da vivência das festas, da linguagem e dos termos da periferia. A gente construiu algo onde todo mundo se reconhece, é pertencimento”.

Nesse mesmo eixo de memória e pertencimento, Azuliteral destaca a importância da dança para a narrativa visual: “A cultura de movimento é determinante. Temos Funk (passinho e rebolado), Twerk e Vogue Femme, vertentes afro-diaspóricas que dialogam com as identidades presentes. Reunimos diversos corpos para enaltecer a pluralidade de belezas”.

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