'A mata em chamas' espetáculo do grupo Crônicas do Norte estreia em Belém

O grupo de Abaetetuba levanta a temática sobre o desequilíbrio ecológico, Amazônia, em uma história que reúne os seres da floresta em um universo fantasioso e místico

Emanuele Corrêa

04.08.22 7h15

Com a temática sobre o desequilíbrio ecológico e Amazônia, o espetáculo "A Mata em Chamas", da produtora Crônicas do Norte, do município de Abaetetuba, estará em cartaz nos dias 5, 12, 19 e 26, todas sextas-feiras do mês de agosto, no Teatro do Shopping Bosque Grão Pará, sempre às 19h. (Reprodução / Paula Bittencourt)

Com a temática sobre o desequilíbrio ecológico, Amazônia, mas apresentando os seres da floresta envolvidos em um universo fantasioso e místico, o espetáculo "A mata em chamas", da produtora Crônicas do Norte, do município de Abaetetuba, no nordeste paraense, entra em cartaz nos dias 5, 12, 19 e 26, todas sextas-feiras do mês de agosto, no Teatro do Shopping Bosque Grão Pará, em Belém, sempre às 19h.

A história tem a dramaturgia e direção de Paula Bittencourt e é inspirado nas notícias sobre o desmatamento e mazelas, que atingem a Amazônia, conta a diretora. Paula traz os 11 atores e atrizes caracterizados como personagens do imaginário amazônico, com uma pegada de terror. "[Discursa] sobre o desmatamento e a devastação ambiental. Vamos descobrir um universo mesclado de misticismo e realidade", contou Paula.

Ainda sobre o roteiro, a produtora revela que o intuito é fazer com que o público passe a refletir sobre a Amazônia, principalmente, enquanto parte deste cenário. "É uma espécie de metáfora da realidade, que aborda as relações entre o mágico, o oculto e o mitológico para com a humanidade, e os efeitos dessa relação. A peça busca conscientizar o público sobre a gravidade da interferência humana irresponsável na natureza, e serve como objeto de reflexão sobre as atrocidades do homem para com os povos originários, a fauna e a flora amazônica", declarou.

O elenco é formado por oito atrizes e três atores e levou quatro meses de ensaio. E são eles: Dara Teles, Cleia Vilhena, Clara leão, Lilair Marques, Marina Almeida, Verenice Morais, Samilly Adriely; Leya santos, Cleison Santos, Keven Stone e Alessandro. O espetáculo é independente e contou com o apoio da Visão Ótica e Oficina da Barba, que são empresas locais que auxiliaram no orçamento.

A diretora relembrou que o espetáculo é para um público a partir de 14 anos, mas importante para todas as idades. "Foram quase quatro meses de ensaio, todos os dias, sem férias no mês de julho. Sabemos da importância de trazer emoções e sensações para público e estamos focados em levar essa experiência única para o público", arguiu.

Por meio desta peça, Paula diz que realiza o seu sonho e de outros atores e atrizes abaetetubense, com o compromisso de contar uma história fantasiosa, mas inspirada na realidade, com responsabilidade e para contribuir com a reflexão do público, sobre a temática. "Eu me sinto no dever de fazer isso acontecer da melhor maneira possível, realizando o meu sonho e de muitas outras pessoas. Não é uma missão fácil levar um grupo grande de pessoas para a capital ofertando um material forte e intenso para a humanidade", afirmou.

A primeira temporada estreia em Belém, no mês de agosto, mas Paula está alinhando um experimento no município de Abaetetuba, para apresentar na cidade o espetáculo, junto com uma programação gratuita.

Paula reforça o convite e instiga a curiosidade público a participar deste universo "mágico de uma história encantada", situada na Amazônia atual. "O show promete ser intrigante, reflexivo e impactante. De um lado, a peça retrata a realidade de crimes ambientais e a destruição da floresta, incluindo as constantes violações de direitos humanos na região. Do outro, cria um universo completamente novo, onde mescla a vivência de criaturas encantadas com os seres humanos", finalizou.