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Marcopolo apresenta soluções de mobilidade sustentável e destaca papel do Brasil na descarbonização

Estão entre elas um modelo 100% elétrico, um movido a biometano e outro híbrido elétrico/etanol

Eva Pires | Especial para O Liberal
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Durante a COP30, em Belém, representantes da Marcopolo visitaram o Grupo Liberal para discutir o papel da inovação e das parcerias público-privadas na transição para um transporte coletivo de baixo carbono. Na ocasião, a empresa apresentou três soluções sustentáveis já em operação — um modelo 100% elétrico, um movido a biometano e outro híbrido elétrico/etanol — que simbolizam o avanço da engenharia nacional rumo à descarbonização do transporte. O diretor comercial de mercado interno e marketing, Ricardo Portolan, destacou que o Brasil tem condições únicas de liderar essa transformação e que o ônibus é peça central nesse processo.

Segundo Portolan, a descarbonização do transporte depende de políticas de incentivo e financiamento que estimulem o uso de novas tecnologias. Ele citou programas como a Nova Indústria Brasil (NIB) e linhas de crédito da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) como fundamentais para impulsionar a produção de veículos mais limpos. “Essas iniciativas ajudam a desenvolver produtos e tecnologias que tornam o transporte coletivo mais eficiente e acessível”, afirmou.

Entre os principais desafios, Portolan destacou a infraestrutura de recarga como um dos maiores entraves à expansão dos ônibus elétricos no país. A falta de pontos de abastecimento e de energia adequada ainda limita a adoção em larga escala, mas, segundo ele, a tendência é de superação gradual. “À medida que a tecnologia avança e a infraestrutura se expande, esses obstáculos serão naturalmente vencidos”, avaliou.

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O executivo também abordou a importância de mudar a percepção cultural sobre o transporte coletivo, muitas vezes visto como alternativa secundária. Ele reforçou que, independentemente da fonte de energia, o transporte público já é, por natureza, a opção mais sustentável. “O ponto de partida para uma mobilidade mais inteligente e sustentável é priorizar o transporte coletivo. No Brasil e no mundo, o ônibus é a solução mais viável ambiental e economicamente”, destacou.

Na COP30, a Marcopolo apresentou três soluções concretas de descarbonização: Attivi Integral, primeiro ônibus 100% elétrico com chassi e carroceria desenvolvidos integralmente pela marca, já em operação em São Paulo e Porto Alegre; Volare Fly 10 GV, movido a gás natural e biometano, que pode reduzir em até 84% as emissões de gases de efeito estufa; e Torino Híbrido Elétrico/Etanol, que combina propulsão elétrica e biocombustível, ampliando a autonomia e diminuindo a dependência de recarga.

Portolan explicou que a estratégia da empresa é apostar em múltiplas soluções combinadas, em vez de depender de uma única tecnologia. “Cada cidade e país têm realidades diferentes. A combinação de alternativas — elétrico, biometano, híbrido e, futuramente, hidrogênio — é o caminho mais eficiente para reduzir emissões e garantir viabilidade econômica”, disse.

Para ele, o Brasil tem papel estratégico na descarbonização global do transporte, tanto pela matriz energética limpa, baseada em fontes como o etanol, quanto pela capacidade industrial. “O etanol é um modelo de energia limpa para o mundo, e a indústria nacional de ônibus tem relevância global. A Marcopolo, por exemplo, tem fábricas em oito países e veículos circulando em mais de 140. As tecnologias que desenvolvemos aqui podem ser aplicadas em outras cidades do planeta”, afirmou.

Além de investir em inovação, a empresa defende o fortalecimento de políticas públicas que valorizem o transporte coletivo como eixo da mobilidade urbana sustentável. Segundo dados da Confederação Nacional do Transporte, um único ônibus pode emitir até cinco vezes menos gás carbônico por passageiro do que um automóvel. “Valorizar o transporte público é essencial para reduzir a poluição, reorganizar o trânsito e construir cidades mais humanas”, reforçou o diretor.

Ao final da visita, Portolan ressaltou que as soluções já estão disponíveis no mercado e em fase de ampliação. “Estamos vivenciando uma transição energética real. À medida que a infraestrutura e as linhas de financiamento avançam, essas tecnologias ganharão cada vez mais espaço. A Marcopolo quer ser parte ativa dessa transformação, conectando tecnologia, indústria e sustentabilidade”.

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