Lula decretará GLO em Belém durante a COP 30, diz Helder Barbalho; saiba como funcionará

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai decretar a Operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) em Belém durante a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP 30), que ocorrerá de 6 a 21 de novembro de 2025. A medida foi solicitada pelo Governo do Pará, sob a gestão de Helder Barbalho (MDB), e permitirá o emprego das Forças Armadas para reforçar o esquema de segurança do maior evento internacional já sediado pela capital paraense.

A informação foi confirmada pelo governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), à coluna do jornalista Igor Gadelha, do portal Metrópoles, nesta quarta-feira (29). O governador detalhou que a GLO deverá durar todo o período do evento. “Haverá GLO. Combinamos com as Forças Armadas. A demanda obrigatoriamente precisa ser do estado”, afirmou Barbalho à coluna.

O que é GLO

A GLO é um instrumento previsto na Constituição que autoriza o emprego das Forças Armadas em ações de segurança pública, sendo acionado quando os meios habituais do estado se mostram insuficientes. Nessas operações, os militares atuam de forma temporária e em área delimitada para garantir a ordem pública e a integridade das pessoas e do patrimônio.

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Entenda o contexto da segurança da COP30

A COP30 reunirá dezenas de chefes de Estado, delegações internacionais e representantes da sociedade civil em Belém. A adoção da GLO reforça o complexo e inédito esquema de segurança montado pelo Governo Federal e Estadual para o evento. O planejamento envolve a Polícia Federal, que já tem um plano de ação em andamento desde 1º de outubro, e espera a atuação de cerca de 3 mil militares das Forças Armadas e mais de 12 mil policiais militares, seguindo roteiros de segurança de grandes eventos passados.

Até o momento, o decreto presidencial de GLO ainda não foi publicado no Diário Oficial da União, e detalhes sobre o efetivo ou as áreas exatas de atuação das Forças Armadas não foram divulgados oficialmente. A reportagem entrou em contato com o Governo do Pará, o Palácio do Planalto, o Ministério da Defesa e o Comando Militar do Norte para obter mais detalhes sobre o planejamento da operação e a matéria será atualizada assim que houver retorno.