Lula anuncia retorno a Belém para última semana da COP 30; veja a data
Presidente confirmou presença na reta final da conferência, momento considerado decisivo para as negociações climáticas
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltará a Belém na quarta-feira (19) para acompanhar a reta final das negociações da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30). O anúncio foi feito pela ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, durante a leitura de uma carta enviada pelo presidente ao público da Cúpula dos Povos, neste domingo (16).
A mensagem reforçou que a conferência entra em sua fase mais decisiva. “Temos urgência. Não podemos adiar as decisões que estão sendo debatidas há tantos anos nas negociações, como transição justa e adaptação. Precisamos de mapas do caminho para que a humanidade, de forma justa e planejada, supere a dependência dos combustíveis fósseis, pare e reverta o desmatamento e mobilize recursos para esses fins. Não podemos sair de Belém essas decisões”, afirmou Lula em carta.
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Após a leitura, Marina Silva fez um discurso destacando sua história como mulher seringueira e as adversidades vividas pela família em um regime de semi-escravidão. A ministra afirmou que, diante da crise climática, “há temas que não podem receber um ‘não’” em uma democracia.
“O presidente Lula disse que esta é a COP da implementação. A verdade é que ao longo dos anos houve avanços, mas ainda não suficientes, porque o clima já mudou. Estamos vivendo uma emergência climática. O rio que seca, o Pantanal que incendeia, os companheiros que ficam isolados… Como disse o presidente Lula: agora é fazer o mapa do caminho para zerar o desmatamento”, afirmou Marina.
A ministra também chamou o presidente de “corajoso” pelas declarações feitas durante a Conferência, mesmo diante das contradições internas do país.
Cúpula dos Povos entrega carta com 15 propostas
Durante o evento, uma carta com 15 reivindicações foi entregue à presidência da COP, com demandas que destacam o enfrentamento a “falsas soluções de mercado” e a necessidade de uma “transição justa, soberana e popular”.
A expectativa é que o embaixador André Corrêa do Lago leve essas posições para as negociações internas da Zona Azul, que entram na reta final nesta semana.
O texto, lido por vários participantes, faz críticas ao “avanço da extrema direita, do fascismo e das guerras ao redor do mundo”, apontando esses fatores como agravantes da crise climática e das desigualdades.
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