Governo Federal garante condições para a COP 30 em Belém
Delegação brasileira reafirma à UNFCCC que logística, hospedagem e segurança estão asseguradas, com medidas já implementadas e diálogo permanente

O Governo Federal, em coordenação com o Governo do Pará, confirmou nesta quinta-feira (22) ao Bureau da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) que todas as condições de logística, infraestrutura e segurança estão asseguradas para a realização da COP 30, em Belém.
De acordo com a delegação brasileira, a capital paraense dispõe de 53 mil leitos para receber os participantes, número superior à estimativa de 50 mil pessoas no evento.
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Essa estrutura inclui hotéis, imóveis privados regulamentados, dois navios internacionais de grande porte (MSC Seaview e Costa Diadema) e acomodações específicas para povos indígenas, juventude e sociedade civil.
Grupo de trabalho exclusivo para delegações
O Governo Federal criou um grupo de trabalho específico para atender cada delegação, formado pela Presidência da COP30 (PCOP), Secretaria Extraordinária para a COP 30 (SECOP), Ministério do Turismo e Governo do Pará. O objetivo é resolver com agilidade demandas relacionadas a hospedagem, transporte, saúde e demais questões operacionais.
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, destacou que a COP 30 é uma prioridade do governo e que cada detalhe, da hospedagem à segurança, está sendo planejado em conjunto com o Pará e a Prefeitura de Belém.
O governador Helder Barbalho reforçou que o estado atua no monitoramento de preços de hospedagem, com apoio da Defensoria Pública, Procon, Ministério Público e Polícia Civil.
Soluções apresentadas ao Bureau da UNFCCC
O presidente da COP 30, embaixador André Corrêa do Lago, afirmou que o Brasil apresentou soluções integradas e que a conferência será marcada pela inclusão.
Já o secretário-executivo da COP 30, Valter Correia, informou que o governo respondeu integralmente às 48 perguntas do Bureau, que tratavam de hospedagem, transporte, saúde e segurança.
Demandas tratadas na reunião
- Acomodações para LDCs e SIDS (países menos desenvolvidos e pequenos Estados insulares): 15 quartos individuais entre US$ 100 e US$ 200.
- Revisão do teto de diária da ONU (DSA): Brasil defendeu valores mais compatíveis, como os praticados em Rio de Janeiro (US$ 229) e São Paulo (US$ 234).
- Países desenvolvidos: 10 quartos individuais disponíveis entre US$ 200 e US$ 600.
- Período mínimo de reservas: flexibilização de 15 para 10 diárias.
- Expansão de hospedagem na plataforma Bnetwork: mais de 2.600 quartos até US$ 600 já disponíveis, além de 2.500 garantidos às delegações.
- Hospedagem em escolas adaptadas: opção adicional oferecida pelo Governo do Pará.
- Navios de hospedagem: plano de transição caso negociações ultrapassem 22 de novembro.
- Central de atendimento: grupo de trabalho exclusivo garante previsibilidade e resposta rápida.
Compromisso com a inclusão
O Brasil reforçou que o foco está em garantir condições inclusivas para países de menor renda. Para as demais delegações, segundo o governo, não seria justificável ampliar subsídios.
“Estamos fazendo tudo da melhor maneira possível, com transparência e diálogo permanente. Há medidas concretas que asseguram condições plenas para a conferência”, disse Valter Correia.
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