Governo avalia hospedagem gratuita para países pobres na COP 30
Navios contratados pela Embratur podem reservar leitos para delegações com orçamento limitado em Belém

O governo federal estuda oferecer hospedagem gratuita ou mais barata para delegações de países com orçamento limitado durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), marcada para novembro, em Belém. A medida é uma tentativa de reduzir a pressão dos 25 países que pedem mudança de sede devido aos altos preços de acomodações. As informações foram apuradas pelo jornalista Lauro Jardim, do jornal O Globo.
A proposta prevê que os dois navios contratados pela Embratur — MSC Seaview e Costa Diadema — reservem parte de seus cerca de 10 mil leitos, distribuídos em 3,9 mil cabines, para receber gratuitamente ou a valores reduzidos essas comitivas. O governo, no entanto, ainda não definiu quantos leitos farão parte do programa.
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Medida não contempla todos os participantes
Segundo estimativas, a COP 30 deve receber cerca de 50 mil pessoas, incluindo representantes de ONGs, cientistas e acadêmicos, que não serão beneficiados pela iniciativa. Embora a oferta de hospedagem deva ser suficiente para atender à demanda, não há indicativos de que os preços das diárias em Belém recuem a níveis mais acessíveis.
Anteontem, em audiência na Câmara dos Deputados, o presidente da COP 30, André Corrêa do Lago, afirmou que o governo busca “uma solução legal para que esses preços diminuam”, possivelmente com base no Código de Defesa do Consumidor. Ele não detalhou qual tipo de intervenção poderia ser feita.
Debate sobre divisão de atividades
No governo, há quem defenda que apenas as reuniões de cúpula sejam realizadas em Belém, transferindo as demais atividades para outra cidade. Essa proposta, porém, encontra resistência no presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que mantém a posição de realizar todo o evento na capital paraense.
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