Global Citizen NOW reúne lideranças em Belém para discutir o futuro da Amazônia rumo à COP 30
Programação inclui temas como financiamento florestal, transição energética, justiça para povos indígenas e o papel da Amazônia na COP 30

Com discursos potentes, o Global Citizen NOW: Amazônia acontece nesta quarta-feira (24), em Belém, reunindo especialistas, ativistas, representantes do setor público e privado e comunidades tradicionais. O encontro discute os principais desafios e soluções para proteger a floresta e garantir justiça climática, com foco na preparação para a COP30, que será realizada na capital paraense em 2025.
Para o cofundador da Global Citizen, Michael Sheldrick, a realização do evento em Belém tem um significado estratégico. “Belém será a capital climática do mundo ainda este ano, mas isso só terá impacto real se as comunidades que de fato protegem a floresta tiverem suas vozes ouvidas”, afirmou. Ele antecipou também o Global Citizen Festival Amazônia, marcado para 1º de novembro, e reforçou a importância de mobilizar governos, empresas e cidadãos em torno da causa.
“O que vemos aqui não é gente pedindo ajuda, mas comunidades buscando investimento para criar alternativas econômicas sustentáveis. A Amazônia não é só floresta, é gente”, diz Michael.
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O governador do Pará, Helder Barbalho, também destacou o simbolismo de Belém sediar o encontro. “Este é o momento em que mobilizadores e cidadãos do mundo que pensam a Amazônia se reúnem e fazem de Belém o ponto de partida dessa trajetória rumo à COP30. Queremos uma COP de implementação, em que os compromissos ambientais se tornem realidade, com financiamento climático e valorização da floresta em pé”, afirmou.
Segundo ele, a Amazônia deve ser vista como parte da solução para a crise climática: “A partir de Belém, queremos construir, com a participação da sociedade, soluções que apontem para um futuro equilibrado e sustentável”.
A programação inclui temas como financiamento florestal, transição energética, justiça para povos indígenas e o papel da Amazônia na COP30, que será realizada em Belém em 2025. Um dos destaques da manhã foi o painel “O Que Está Impulsionando o Desmatamento na Amazônia?”, com participação do coordenador do MapBiomas, Tasso Azevedo, destacou a importância de entender o que acontece com a terra após o desmatamento.
“Quando analisamos as imagens, conseguimos ver com precisão no que aquela área se transforma. E, na maioria dos casos, ela é convertida para uso produtivo, como pastagens. Isso nos ajuda a compreender os vetores e planejar políticas mais eficientes de uso da terra”, explicou.
O evento segue ao longo do dia com rodas de conversa, painéis e articulações voltadas a dar voz às comunidades amazônicas nas decisões globais sobre o clima.
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