A menos de 100 dias da COP 30, obras já estão 70% prontas

A expectativa é de que, até novembro, o conjunto de melhorias em mobilidade urbana, saneamento, cultura e hospitalidade transforme o centro da capital paraense no palco da maior conferência climática do planeta.

Gabi Gutierrez
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A menos de cem dias para a COP 30, cerca de 70% das principais obras de infraestrutura em Belém já estão concluídas ou na reta final de execução. Intervenções como o Porto Futuro II, o Parque da Cidade e os novos corredores viários da Nova Doca e Nova Tamandaré estão com mais de 90% das obras prontas, segundo o governo estadual. A expectativa é de que, até novembro, o conjunto de melhorias em mobilidade urbana, saneamento, cultura e hospitalidade transforme o centro da capital paraense no palco da maior conferência climática do planeta.

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Um dos projetos mais aguardados, a requalificação da Nova Doca já tem 93% de suas obras concluídas. O projeto envolve macrodrenagem, mobilidade e urbanismo, com a criação de um parque linear ao longo do canal. A proposta é ampliar o acesso a áreas verdes e criar novas possibilidades de circulação em uma das regiões mais movimentadas de Belém.

A arquiteta Naira Carvalho, que está à frente comentou sobre a retirada dos tapumes da frente do canteiro de obras: “O tapume é mais um equipamento de segurança. Mas foi removido, e substituído pela telas, pra que a população possa se sentir visualmente participante ativa dessa obra”.

A Nova Tamandaré, que complementa a intervenção urbana, também avança: 88% da execução já foi atingida. A entrega das duas frentes é prevista para o mês de setembro.

No Canal da Gentil Bittencourt, a segunda etapa da obra entra na fase final. A engenheira responsável, Marcelle Veiga, detalhou os últimos ajustes. “Estamos na fase de acabamento e sinalização. Toda a estrutura está pronta, com novo sistema de macrodrenagem e esgotamento sanitário. O canal foi alargado, o que deve reduzir consideravelmente os alagamentos, e o abastecimento de água também foi reforçado”, afirmou. Segundo ela, a entrega oficial deve ocorrer ainda em agosto.

PORTO FUTURO II

Outro ponto de destaque foi o Porto Futuro II, projeto que deve revitalizar cinco armazéns históricos na orla da capital. Com 93% das obras prontas, o espaço será entregue ao público no dia 4 de outubro, pouco antes do Círio de Nazaré, funcionando como uma espécie de “ensaio geral” antes da COP.

Segundo a secretária de Cultura do estado do Pará, Ursula Vidal, o complexo vai reunir gastronomia, inovação, arte e debates ambientais. “Abriremos o Museu das Amazônias no dia 4. Em seguida, vem o Parque de Bioeconomia e Inovação (dia 7) e a Caixa Cultural (dia 8). Depois da COP, a estrutura vai continuar em funcionamento, com programações culturais, educativas e econômicas”, destacou.

Para o diretor de projetos da Secult, Rodolfo Castro, o foco agora está na finalização estética e funcional. “Já estamos na fase de instalação de mobiliário, paisagismo e ferragens. O espaço vai abrigar exposições, teatros, salas multiuso e auditórios. Já temos, por exemplo, uma mostra prevista com fotografias de Sebastião Salgado para o Museu das Amazônias”, adiantou.

ZONAS DIPLOMÁTICAS

A vistoria incluiu também a área da Blue Zone, núcleo oficial das negociações diplomáticas, que já começa a sair do papel com a montagem de mais de 40 mil m² de tendas. A previsão é que toda a infraestrutura temporária esteja concluída até o fim de agosto, para dar início à fase de instalação dos pavilhões e equipamentos.

“Já temos mais de 180 pavilhões confirmados, entre países e organizações internacionais. A estrutura será montada com auditórios, salas de imprensa, áreas de convivência e plenárias”, explicou Olmo Xavier, diretor de projetos da Secretaria Extraordinária para a COP30.

A Green Zone, voltada ao público geral, também avançou. Será montada dentro do Parque da Cidade e deve concentrar fóruns, oficinas e atividades culturais. Segundo Xavier, o espaço terá um conceito mais “integrado à cidade”, com áreas arborizadas e acesso aberto — uma tentativa de tornar a COP mais próxima da população local, algo ainda pouco comum em edições anteriores.

CURIOSIDADE POPULAR

Enquanto Belém passa por essa grande transformação, os . Para o garçom Alan Dantas, morador da capital, os efeitos da COP já são visíveis — para o bem e para o mal.

“Acho muito legal o que está acontecendo. Essas obras não são só pro Círio ou pra COP. Muita coisa vai ficar pra cidade. Mas, sinceramente, tem coisa que acho que não vai dar tempo. O trânsito ainda tá difícil, e Belém é uma ilha. Mesmo assim, é bom ver que estão fazendo alguma coisa”, afirmou.

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