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Durante evento pré-COP 30, Exército discute estratégias para combater o crime organizado na Amazônia

Durante sua palestra, o general Vendramin destacou as peculiaridades e os desafios no emprego da força terrestre na defesa da Amazônia Oriental

Dilson Pimentel

No ano da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP 30), que será realizada em novembro deste ano, em Belém, um dos principais desafios do Exército é combater o crime organizado na Amazônia. É o que afirmou, nesta terça-feira (6), o comandante militar do Norte, general de Exército José Ricardo Vendramin Nunes.

“Do ponto de vista territorial, esse é um dos principais desafios. O crime organizado, no Brasil inteiro, é uma ameaça. Nos preocupamos muito com isso. Fazemos muito patrulhamento de fronteira para mapear e tentar bloquear o ilícito. Às vezes, com países vizinhos, inclusive”, disse o comandante militar do Norte. “E trabalhamos muito próximos da Polícia Militar, da Polícia Civil e da Polícia Federal, que tem o protagonismo. Nós apoiamos para produzir sempre resultados melhores. Mas é uma preocupação muito grande”, completou o general.

Para melhorar esse combate, o general citou o trabalho de inteligência. “Temos muito trabalho de inteligência e equipes de campo com nossos órgãos de segurança pública para mapear melhor os desafios e fazer um planejamento de acordo com os desafios”, acrescentou. A área de jurisdição do CMN engloba Pará, Amapá, Maranhão e o Norte do Tocantins, que formam a Amazônia Oriental.

Seminário de Segurança e Defesa da Amazônia

O comandante fez essas declarações ao participar da abertura, pela manhã, do “I Seminário de Segurança e Defesa da Amazônia Oriental no contexto da COP 30”, no teatro Maria Sylvia Nunes, na Estação das Docas, em Belém.

O evento é realizado pelo Exército, em parceria com instituições de ensino superior públicas e privadas, e será realizado até esta quarta-feira (7), reunindo 400 pessoas. O I Seminário de Segurança e Defesa da Amazônia Oriental é voltado para estudantes e profissionais que atuam na área de segurança. Neste primeiro dia de programação foi abordado o emprego singular das forças armadas na Amazônia Oriental, com ações voltadas especificamente para a questão da defesa e proteção da faixa de fronteira.

Durante sua palestra, o general Vendramin destacou as peculiaridades e os desafios no emprego da força terrestre na defesa da Amazônia Oriental. E apontou as “atuais vulnerabilidades”: crime organizado, limitada presença do Estado na fronteira, ameaças ambientais e aos indígenas e vias de comunicação restritas.

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Evento busca integração com as universidades

O comandante militar do Norte também destacou as missões estratégicas do Exército, que é cooperar com outros órgãos na resolução dos seguintes problemas: crime organizado, tráfico de drogas, mineração ilegal, extração vegetal ilegal, biopirataria, conflitos fundiários, degradação do meio ambiente e intrusão de terras indígenas. “O desafio é enfrentar o crime organizado e as ameaças ambientais e indígenas de uma forma integrada, que é o que estamos procurando fazer com as outras Forças Armadas e com os entes federais e estaduais”, disse. “Então temos feito um trabalho de compartilhamento de inteligência muito bom com a Polícia Federal, Receita Federal, Polícia Militar e Polícia Civil do Pará para fazer um planejamento que seja de acordo com a dimensão e o desafio da COP 30”, afirmou.

O general Vendramin também falou sobre a importância do evento. “A grande motivação foi essa busca de integração com as universidades. A gente sabe que o tema defesa e segurança não é muito conhecido, às vezes está fora do radar dos nossos estudantes, e queremos criar, ao longo dos anos, uma mentalidade de defesa. E, no ano da COP 30, tem tudo a ver. A COP vai precisar de muita gente e muita segurança”, afirmou.

A professora Izabela Jatene, da Universidade Federal do Pará, também participou do seminário. Ela disse que o evento demarca uma integração entre as forças armadas, as instituições acadêmicas e sociedade civil organizada. “A gente sabe que a COP é um evento das Nações Unidas e que existe uma produção gigantesca na nossa região sobre nós mesmos. É muito importante reforçar a nossa fala e as nossas vozes”, afirmou.

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