Brasil prepara 'mutirão' para cobrar mais dinheiro dos países ricos para financiamento climático

Ação prevista para sábado (15) quer destravar negociações financeiras e ampliar investimentos climáticos, segundo a Climate Diplomacy Brief

Igor Wilson
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Durante o terceiro dia de COP30, a mobilização por novos mecanismos de financiamento climático tem ganhado destaque entre os países em desenvolvimento. Segundo a popular revista Climate Diplomacy Brief, o Brasil prepara eventos com clima de “mutirão” no próximo sábado (15), voltados à criação de pontes entre governos, instituições financeiras e empresas, com o objetivo de destravar medidas comerciais e financeiras voltadas ao clima.

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A iniciativa ocorre em meio à divulgação de um novo relatório da London School of Economics (LSE), assinado pelos economistas Amar Bhattacharya, Nicholas Stern e Vera Songwe, que indica um “caminho totalmente viável” para alcançar US$ 1,3 trilhão anuais em fluxos de caixa público-privados até 2035. O documento defende que os fluxos bilaterais de financiamento climático precisam subir dos atuais US$ 42 bilhões para US$ 80 bilhões no mesmo período. 

O aumento desses fluxos é considerado essencial por países em desenvolvimento, incluindo o Brasil, que argumentam enfrentar um duplo desafio: adaptar suas economias aos impactos das mudanças climáticas — como secas, enchentes e perda de produtividade agrícola — ao mesmo tempo em que precisam crescer economicamente e reduzir desigualdades. Para isso, defendem que o setor privado internacional e as instituições multilaterais compartilhem mais riscos e ampliem a oferta de crédito com juros acessíveis. 

A posição reflete uma demanda antiga no sistema climático internacional: a de que os compromissos financeiros firmados pelos países desenvolvidos sejam realmente cumpridos e ampliados, especialmente no apoio à transição energética e à adaptação em nações mais vulneráveis. Desde o Acordo de Paris, o aporte prometido de US$ 100 bilhões anuais nunca foi atingido, o que mantém a pressão sobre as negociações atuais em Belém. 

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