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Estudos são importantes para assegurar que o Jaborandi continue a prosperar na Amazônia

Dilson Pimentel
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A Amazônia passa por estudos do setor de saúde e parte das amostras é usada para extração de DNA e estudos genéticos. Esses estudos visam identificar características genéticas específicas das plantas de cada localidade ou reboleira e que são importantes para assegurar que o Jaborandi continue a prosperar na região.

“Atualmente, estamos propagando plantas de Jaborandi a representantes de diferentes áreas da Flona de Carajás e efetuando plantios para garantir a perpetuidade deste patrimônio genético. Ainda nos estudos genéticos, estamos buscando identificar partes do DNA da planta, ou seja, marcas no seu genoma, que estejam associadas com a produção de pilocarpina. Parte dessa pesquisa busca também identificar a rota (ou caminho) que a planta usa para produzir pilocarpina”, disse o pesquisador do ITV/Belém, Cecilio Frois Caldeira.

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O Instituto Tecnológico Vale (ITV), em Belém, realiza pesquisas para aprimorar o conhecimento sobre o Jaborandi e conciliar a conservação dessa planta com a necessidade de geração de renda para as comunidades locais

O avanço desses estudos permitirá aprimorar o manejo do Jaborandi em condições naturais e também desenvolver melhores formas de cultivo, o que poderá diminuir a pressão de coleta de folhas em áreas naturais onde a planta ainda não possui um manejo adequado ou áreas com baixa capacidade de produção de pilocarpina, ou seja, menos produtivas.

Ainda segundo Cecilio, outros estudos também são essenciais e fornecem suporte para o manejo do Jaborandi, tanto em áreas de ocorrência natural quanto em áreas onde o plantio de mudas tem sido realizado, como áreas que a Vale tem efetuado recuperação ambiental. Esses estudos iniciam com o desenvolvimento de técnicas de propagação para obtenção de mudas de qualidade a partir de matrizes selecionadas, aquelas com elevado potencial de produção de pilocarpina. “Estudamos também qual o período mais adequado para a coleta de folhas e sementes de jaborandi, assim como a forma de coleta de folhas que traz menor dano e permite uma recuperação mais rápida das plantas, evitando que a planta morra e permitindo novas coletas”, disse.

Em geral, portanto, os estudos com o Jaborandi buscam a conservação de uma espécie ameaçada de extinção, a valorização de produtos florestais não madeireiros e que podem ser manejados de forma sustentável, com promoção da bioeconomia da Amazônia e fortalecimento de redes locais de produção.

E a extração e comercialização da folha do jaborandi é a principal atividade da Coex-Carajás. A cooperativa comercializa a matéria-prima (folhas) sem beneficiamento, como também sementes de outras espécies, muito utilizadas para reflorestamento. O trabalho contribui para a preservação de áreas de floresta da Amazônia na Floresta Nacional de Carajás, gera renda para as comunidades locais e reduz taxas de desmatamento e perda da biodiversidade. A Coex-Carajás é composta por 39 famílias cuja renda principal vem da colheita do jaborandi. Em média, os extrativistas obtêm receita mensal que varia entre R$ 2 mil e R$ 2,5 mil.

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