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RODOLFO MARQUES

RODOLFO MARQUES

Rodolfo Silva Marques é professor de Graduação (UNAMA e FEAPA) e de Pós-Graduação Lato Sensu (UNAMA), doutor em Ciência Política (UFRGS), mestre em Ciência Política (UFPA), MBA em Marketing (FGV) e servidor público.

Tragédia nacional causada pela Covid-19 se amplia, enquanto CPI procura responsáveis pela crise

Rodolfo Marques

O país continua convivendo com a Covid-19, já ultrapassando a marca de 415 mil mortes na primeira semana de maio de 2021. Faltam vacinas, há ainda muito descaso em relação às aglomerações e existe a vacância de um discurso unificado para enfrentamento da pandemia no país – inferno no qual o Brasil está mergulhado desde março de 2020.

A CPI da Pandemia prosseguiu os trabalhos e foram colhidos depoimentos importantes dos ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, além da fala do atual titular da pasta, Marcelo Queiroga. Os senadores governistas, em minoria na Comissão, tentam atrapalhar o andamento das investigações, mas tanto o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), quanto o relator, senador Renan Calheiros (MDB-AL), têm demostrando muita objetividade na execução do trabalho. 

O Brasil também foi balançado pela morte do ator e comediante Paulo Gustavo, vítima de Covid-19. Com apenas 42 anos, o falecimento de uma estrela do mundo artístico, que estava no auge de sua carreira, acendeu o alerta sobre o descaso com que o governo federal vem tratando todas as questões referentes à pandemia, principalmente no quesito da compra e da distribuição de imunizantes. 

O grande desafio que se apresenta é uma busca efetiva das responsabilidades – e dos responsáveis – pelo cenário trágico cada vez mais evidente no país. Os investimentos públicos na cloroquina – sem eficácia científica comprovada; o desastre humanitário em Manaus, no final de 2020 e no início de 2021; os conflitos entre o Poder Executivo Federal e boa parte de governadores e prefeitos em relação a recursos públicos e às medidas de distanciamento social; o atraso e a negligência na compra de vacinas; os discursos negacionistas e diversionistas do núcleo político do governo federal; as trocas no comando do ministério da Saúde; e a gestão confusa de Eduardo Pazuello: todas essas questões tendem a apontar para o mesmo ator político – o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido-RJ).

Enquanto alguns países retomam suas atividades com algum grau de normalidade, o Brasil continua refém de uma crise sistêmica grave e da percepção de que não há no Planalto autoridades públicas que possam trazer o país de volta aos trilhos nos âmbitos sanitário, econômico e social. 

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