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RODOLFO MARQUES

RODOLFO MARQUES

Rodolfo Silva Marques é professor de Graduação (UNAMA e FEAPA) e de Pós-Graduação Lato Sensu (UNAMA), doutor em Ciência Política (UFRGS), mestre em Ciência Política (UFPA), MBA em Marketing (FGV) e servidor público.

Tensão política domina o Planalto; no Pará, governador busca a retomada de uma agenda positiva

Rodolfo Marques

O Brasil vem perdendo, semana após semana, a guerra contra o coronavírus e o cenário político também de apresenta de maneira grave e entrópica, em especial por crises geradas por problemas causados pelo próprio Planalto, pelos filhos do presidente da República e pelo núcleo político do governo federal.

A prisão preventiva de Fabrício Queiroz, nessa quinta-feira (18.06.2020), em ação conjunta das polícias de São Paulo e do Rio de Janeiro, traz mais um “ingrediente” para a já combalida base de apoio do presidente. Queiroz foi encontrado em Atibaia, em uma casa pertencentes a um dos advogados de Jair Bolsonaro (Frederico Wassef), e vem sendo investigado há algum tempo por ter supostamente coordenado um esquema de “rachadinhas” no gabinete do então deputado estadual pelo Rio de Janeiro – e, hoje, senador –, Flávio Bolsonaro. Há uma grande expectativa sobre o que Queiroz pode revelar para os investigadores – e de que forma isso pode envolver diretamente Jair Bolsonaro e seus filhos.

Em outro ponto do campo político, Bolsonaro vem procurando manter apoio no Congresso a partir de negociações cada vez mais evidentes com o chamado Centrão, com a concessão de cargos políticos e a busca de suporte em outras frentes. Essa nova agenda política do presidente da República no Congresso Nacional busca evitar qualquer risco de andamento de processos de impeachment e, ao mesmo tempo, pensar na retomada da discussão das reformas no segundo semestre (a partir de setembro ou outubro), quando, espera-se a situação do país em relação à pandemia esteja um pouco melhor. Atualmente, o Brasil continua lidando com números crescentes em relação a contaminações (cerca de 1.000.000 de casos) e mortes (aproximadamente 50.000) pela Covid-19 – e não há nada que indique que os números vão decrescer nas próximas semanas.

Como uma forma de evitar maiores conflitos com o Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente da República concordou em afastar do cargo o seu ministro da Educação, Abraham Weintraub. Weintraub responderá pelo fato de ter chamado os magistrados do STF de “vagabundos”. O agora ex-ministro também está sob investigação no inquérito das Fake News. Weintraub colecionou confusões nos seus 14 meses à frente do cargo, com declarações desastrosas e gestão ineficiente em uma pasta tão importante quando a da Educação.

No campo regional, o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), enfrenta um cenário de fragilidade política, com enfrentamentos junto ao Ministério Público Eleitoral – ainda no contexto do pleito de 2018 – e nas ações de combate à covid-19. Ao mesmo tempo, Helder busca retomar uma agenda positiva que pautou os seus 15 primeiros meses de governo, com ações referentes à defesa da Amazônia, reforço da saúde pública e também um suporte para as populações mais carentes.  

Dessa forma, o controle da agenda política e uma ação mais efetiva dos governantes não só têm o condão de ampliar a percepção positiva dos gestores por parte da sociedade, mas como promove uma melhor otimização de recursos públicos e uma gestão mais adequada para os diferentes públicos.

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