Planalto muda metodologia de divulgação de dados sobre a Covid-19. Estados buscam reorganização Rodolfo Marques 08.06.20 18h00 O Brasil, em suas dimensões continentais, vem enfrentando de forma desigual e descentralizada a pandemia Covid-19. Com a gestão federal gerando uma série de desconfortos e dissonâncias de informações, a situação no país vai ficando cada vez mais crítica. O Ministério da Saúde, que tem o general Eduardo Pazuello como interino, mudou a metodologia de divulgação dos dados, assim como os horários de publicização do conteúdo. O procedimento, em si, traz uma dificuldade para a contabilização das informações e também no contexto da transparência do poder público para com a sociedade. Do ponto de vista institucional, compromete a ideia do accountability, com os mecanismos de controle nas esferas horizontal e vertical. De qualquer forma – e com uma situação cada vez mais preocupante –, o Brasil já tem números próximos das 700 mil contaminações e 40 mil mortes causadas pela Covid-19. Em paralelo a este cenário, com a retomada de algumas atividades em vários estados brasileiros – e com uma presença maior das pessoas nas ruas –, o temor por uma “segunda onda” da doença e por uma pressão ainda maior no sistema de saúde se torna algo latente. O Brasil, aliás, encontra-se cada vez mais isolado no âmbito internacional, sofrendo com o descrédito geral – até mesmo de supostos aliados, como os Estados Unidos de Donald Trump. Em uma grande crise sanitária, com graves desdobramentos no campo econômico, há também um processo claro de conflitos entre os representantes dos poderes constituídos. Dentro do contexto do pacto federativo, estados e municípios têm autonomia para deliberar prioridades em seus espaços geográficos, mas dependem diretamente dos recursos da União. Todavia, o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido/RJ), vem pautando sua relação com a maior parte dos governadores de maneira conflituosa, em especial durante o período de expansão da pandemia no Brasil. Em nível regional, o estado do Pará continua enfrentando grandes problemas em relação à pandemia e nas tentativas de retomada econômica. Com a reabertura das atividades comerciais, como a dos shoppings centers, ao mesmo tempo em que se busca um incremento no consumo, gera um temor de uma nova onda de contaminações na região metropolitana de Belém. Pesquisas de opinião pública, juntamente com o suporte científico dos especialistas em saúde pública, vêm dando suporte para que os gestores tomem suas decisões e pautem suas escolhas sobre os próximos passos. Destarte, em um cenário de instabilidade e de desacertos de comunicações e de ações, espera-se que a cura da Covid-19 seja alcançada o quanto antes – através da vacina – e se avancem as pesquisas em relação a medicamentos e tratamentos para a doença. E que todo o processo de retomada das atividades econômicas no território brasileiro seja acompanhado com o devido cuidado e com avaliações criteriosas. Assine O Liberal e confira mais conteúdos e colunistas. 🗞 Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave colunas rodolfo marques coronavírus pandemia saúde política COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Rodolfo Marques . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos. Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado! ÚLTIMAS EM RODOLFO MARQUES análise política Lula lidera cenário para 2026 e oposição segue fragmentada, mostram pesquisas 08.04.25 19h51 Rodolfo Marques Corrêa do Lago liderará COP-30 em meio à crise climática 28.02.25 8h00 Rodolfo Marques Primeiros 50 dias do prefeito Igor Normando em Belém: avanços, dificuldades e desafios 21.02.25 17h00 Rodolfo Marques “Crise do Pix” e os desafios do governo Lula III em um novo cenário político-eleitoral 17.01.25 23h01