Pesquisas mostram favoritismo de Lula para as eleições presidenciais 2022, mas ainda faltam 9 meses Rodolfo Marques 14.01.22 16h50 Na segunda semana de janeiro, foram divulgados resultados de três pesquisas de intenção de voto para a presidência da República, em 2022. O pleito está agendado, em dois turnos, para o mês de outubro. Nos três levantamentos, os resultados são similares e indicam uma clara tendência – em que pese o fato de que a eleição acontecerá em nove meses. A pesquisa Genial/Quaest mostrou a liderança do ex-presidente Lula (PT), com 45% das intenções de voto, contra 23% do presidente Jair Bolsonaro (PL), 9% do ex-juiz e ex-ministro Sérgio Moro (Podemos) e 5% do ex-governador Ciro Gomes (PDT). Os demais pré-candidatos tiveram seus nomes pouco lembrados/escolhidos. O instituto usou o método de entrevistar duas mil pessoas presencialmente, nas 27 unidades federativas brasileiras, entre os dias 6 e 9 de janeiro de 2022, gerando um índice de confiança de 95%. Nas simulações de segundo turno entre Lula e Bolsonaro, o petista venceria com larga margem (54% a 30%); e, entre Lula e Moro, a vitória do ex-presidente seria mais “apertada” – 50% a 30%. A pesquisa XP/Ipespe também evidenciou o favoritismo atual de Lula. De acordo com o levantamento, o petista teria 44% dos votos em primeiro turno, contra 24% de Jair Bolsonaro. Sérgio Moro ficou com 9% e Ciro Gomes, 7%. Nas simulações para o segundo turno, Lula venceria todas (56% a 31% contra Bolsonaro; 51% a 32% contra Moro; 51% a 25% contra Ciro Gomes; e 53% a 20% contra o governador de São Paulo, João Dória Júnior/PSDB). A pesquisa foi aplicada entre 10 e 12 de janeiro, com 1.000 entrevistados com mais de 16 anos, em todas as cinco regiões brasileiras. O levantamento também identificou a manutenção da desaprovação à política econômica do governo Bolsonaro. A pesquisa EXAME/IDEIA mostrou que Lula teria 41% dos votos no primeiro turno, com Bolsonaro com 24%, Moro com 11%, Ciro Gomes com 7% e João Dória com 4%). Foram ouvidas 1.500 pessoas entre os dias 9 e 13 de janeiro, com as entrevistas sendo feitas por telefone e com margem de erro de 3 pontos percentuais para mais ou para menos. As pesquisas identificam um “termômetro” de momento, e também podem dar subsídios para as estratégias das pré-candidaturas, considerando-se aparições na mídia, propostas para enfrentamento da pandemia, medidas para deter a crise econômica e/ou a apresentação de projetos sociais. Assim, para cada um dos cinco principais pré-candidatos, há desafios bem concretos: Para Lula, é fundamental mostrar suas principais propostas e reforçar o que foi feito de positivo nos seus mandatos presidenciais – 2003-2006 e 2007-2010; Para Bolsonaro, pode caber menos radicalismo, a exibição de possíveis obras e de números de combate à corrupção e uma postura assertiva diante da pandemia; Em relação a Sérgio Moro, há a busca permanente de se afastar do governo Bolsonaro, do qual fez parte, e de ser a antítese de Lula, tentando também diminuir as desconfianças do público sobre si; Quanto a Ciro Gomes, buscar debates mais propositivos e deixar os ataques pessoais a Lula de lado podem reposicioná-lo no jogo eleitoral e torná-lo competitivo em mais espectros ideológicos; E, para João Dória, caso mantenha sua candidatura presidencial conquistada nas prévias do PSDB, o caminho pode ser se fortalecer quanto à questão da vacina e se afastar dos rótulos de antipático e elitista. Que resultados teremos quando ocorrer a apuração dos votos nas urnas eletrônicas em outubro de 2022? O vencedor deterá as condições de recolocar o Brasil no caminho da estabilidade institucional e da recuperação socioeconômica? Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave colunas rodolfo marques COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Rodolfo Marques . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos. Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado! ÚLTIMAS EM RODOLFO MARQUES Governo Lula precisa melhorar comunicação para seguir em frente 15.04.24 15h16 Rodolfo Marques 1964-2024: sessenta anos após golpe de Estado, Brasil avança para consolidar sua democracia 01.04.24 8h00 Rodolfo Marques Emmanuel Macron em Belém: relações políticas, acordos econômicos e simbolismos 29.03.24 20h30 Rodolfo Marques Novos movimentos e cartas sendo colocadas à mesa na disputa pela Prefeitura de Belém 11.03.24 14h09