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RODOLFO MARQUES

RODOLFO MARQUES

Rodolfo Silva Marques é professor de Graduação (UNAMA e FEAPA) e de Pós-Graduação Lato Sensu (UNAMA), doutor em Ciência Política (UFRGS), mestre em Ciência Política (UFPA), MBA em Marketing (FGV) e servidor público.

Pesquisas mostram favoritismo de Lula para as eleições presidenciais 2022, mas ainda faltam 9 meses

Rodolfo Marques

Na segunda semana de janeiro, foram divulgados resultados de três pesquisas de intenção de voto para a presidência da República, em 2022. O pleito está agendado, em dois turnos, para o mês de outubro. Nos três levantamentos, os resultados são similares e indicam uma clara tendência – em que pese o fato de que a eleição acontecerá em nove meses.

A pesquisa Genial/Quaest mostrou a liderança do ex-presidente Lula (PT), com 45% das intenções de voto, contra 23% do presidente Jair Bolsonaro (PL), 9% do ex-juiz e ex-ministro Sérgio Moro (Podemos) e 5% do ex-governador Ciro Gomes (PDT). Os demais pré-candidatos tiveram seus nomes pouco lembrados/escolhidos. O instituto usou o método de entrevistar duas mil pessoas presencialmente, nas 27 unidades federativas brasileiras, entre os dias 6 e 9 de janeiro de 2022, gerando um índice de confiança de 95%. Nas simulações de segundo turno entre Lula e Bolsonaro, o petista venceria com larga margem (54% a 30%); e, entre Lula e Moro, a vitória do ex-presidente seria mais “apertada” – 50% a 30%.

A pesquisa XP/Ipespe também evidenciou o favoritismo atual de Lula. De acordo com o levantamento, o petista teria 44% dos votos em primeiro turno, contra 24% de Jair Bolsonaro. Sérgio Moro ficou com 9% e Ciro Gomes, 7%. Nas simulações para o segundo turno, Lula venceria todas (56% a 31% contra Bolsonaro; 51% a 32% contra Moro; 51% a 25% contra Ciro Gomes; e 53% a 20% contra o governador de São Paulo, João Dória Júnior/PSDB). A pesquisa foi aplicada entre 10 e 12 de janeiro, com 1.000 entrevistados com mais de 16 anos, em todas as cinco regiões brasileiras. O levantamento também identificou a manutenção da desaprovação à política econômica do governo Bolsonaro.

A pesquisa EXAME/IDEIA mostrou que Lula teria 41% dos votos no primeiro turno, com Bolsonaro com 24%, Moro com 11%, Ciro Gomes com 7% e João Dória com 4%). Foram ouvidas 1.500 pessoas entre os dias 9 e 13 de janeiro, com as entrevistas sendo feitas por telefone e com margem de erro de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.

As pesquisas identificam um “termômetro” de momento, e também podem dar subsídios para as estratégias das pré-candidaturas, considerando-se aparições na mídia, propostas para enfrentamento da pandemia, medidas para deter a crise econômica e/ou a apresentação de projetos sociais. Assim, para cada um dos cinco principais pré-candidatos, há desafios bem concretos:

  • Para Lula, é fundamental mostrar suas principais propostas e reforçar o que foi feito de positivo nos seus mandatos presidenciais – 2003-2006 e 2007-2010;
  • Para Bolsonaro, pode caber menos radicalismo, a exibição de possíveis obras e de números de combate à corrupção e uma postura assertiva diante da pandemia;
  • Em relação a Sérgio Moro, há a busca permanente de se afastar do governo Bolsonaro, do qual fez parte, e de ser a antítese de Lula, tentando também diminuir as desconfianças do público sobre si;
  • Quanto a Ciro Gomes, buscar debates mais propositivos e deixar os ataques pessoais a Lula de lado podem reposicioná-lo no jogo eleitoral e torná-lo competitivo em mais espectros ideológicos;
  • E, para João Dória, caso mantenha sua candidatura presidencial conquistada nas prévias do PSDB, o caminho pode ser se fortalecer quanto à questão da vacina e se afastar dos rótulos de antipático e elitista.

Que resultados teremos quando ocorrer a apuração dos votos nas urnas eletrônicas em outubro de 2022? O vencedor deterá as condições de recolocar o Brasil no caminho da estabilidade institucional e da recuperação socioeconômica?

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