Pará tem 45% de isolamento, Belém 'reabre' mais e governo federal celebra 'vitória' contra covid-19 Rodolfo Marques 24.08.20 18h00 No domingo (23), o Pará atingiu a 20ª colocação no ranking nacional de isolamento social, com números pouco superiores a 45%. Os números são divulgados pela Secretaria de Estado de Segurança Pública. Com a maior parte dos espaços abertos, a população do Pará, em especial da região metropolitana de Belém, vem marcando presença intensa em todos os lugares e, em muitos casos, gerando aglomerações. Mesmo com a diminuição dos números de transmissibilidade no Brasil e com o aumento geral da imunidade, não há ainda uma vacina, não há remédios contra o coronavírus com eficiência comprovada e o vírus continua a circular em todo o território nacional. Manter cuidados e seguir as recomendações de distanciamento social continuam sendo caminhos importantes. A capital paraense está com cerca de 47% de isolamento, muito abaixo dos 70% esperados desde o início da pandemia. Ainda assim, a Prefeitura de Belém decidiu, na sexta-feira (21), permitir a abertura, com algumas restrições (até 50% da capacidade), de cinemas, museus, centros de estética, teatros e de espaços para a prática de esportes coletivos. Essa progressão ocorreu pela mudança de classificação de risco em Belém, agora com a bandeira amarela. É permitida também a realização de reuniões presenciais com até 20 pessoas, além de eventos sociais (como casamentos e aniversários) com até 150 pessoas. Bares e escolas continuam proibidos de funcionar presencialmente. Na contramão dos números e dos fatos e dados, o governo federal realizou, no Palácio do Planalto, nesta segunda-feira (24), o evento intitulado “Encontro Brasil vencendo a covid-19”. Com mais de 3 milhões e meio de contaminados e quase 115 mil mortes, chega a paradoxal que o Brasil esteja vencendo o tenha vencido a batalha contra o novo coronavírus. O país vem mantendo uma média diária de mortes de cerca de mil pessoas e, mesmo com a diminuição dos percentuais de transmissão da doença, o Brasil está muito longe de controlar a pandemia ou vencer a covid-19. Somente os Estados Unidos apresentam números piores que o Brasil, com mais de 5 milhões e meio de casos e quase 175 mil mortos. No evento, Bolsonaro retomou os conflitos com os profissionais de comunicação, chamando a grande imprensa de “bundão” e afirmando que as chances de jornalistas sobreviverem à Covid-19 é menor. Bolsonaro já havia reagido agressivamente a uma abordagem de repórter do jornal “O Globo”, quando houve uma pergunta sobre os depósitos de Fabrício Queiroz na conta bancária da primeira-dama, Michelle Bolsonaro. Com movimentos difusos de reaberturas e de buscas de isolamentos, o Brasil continua trôpego no seu enfrentamento à pandemia, em especial por discursos contraditórios e negacionistas gerados a partir da presidência da República. Resta, ainda, esperar pela vacina e por uma diminuição percentual de contaminações e mortes no país. Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave rodolfo marques colunas pandemia coronavírus política COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Rodolfo Marques . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos. Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado! ÚLTIMAS EM RODOLFO MARQUES Governo Lula precisa melhorar comunicação para seguir em frente 15.04.24 15h16 Rodolfo Marques 1964-2024: sessenta anos após golpe de Estado, Brasil avança para consolidar sua democracia 01.04.24 8h00 Rodolfo Marques Emmanuel Macron em Belém: relações políticas, acordos econômicos e simbolismos 29.03.24 20h30 Rodolfo Marques Novos movimentos e cartas sendo colocadas à mesa na disputa pela Prefeitura de Belém 11.03.24 14h09