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RODOLFO MARQUES

RODOLFO MARQUES

Rodolfo Silva Marques é professor de Graduação (UNAMA e FEAPA) e de Pós-Graduação Lato Sensu (UNAMA), doutor em Ciência Política (UFRGS), mestre em Ciência Política (UFPA), MBA em Marketing (FGV) e servidor público.

Pará tem 45% de isolamento, Belém 'reabre' mais e governo federal celebra 'vitória' contra covid-19

Rodolfo Marques

No domingo (23), o Pará atingiu a 20ª colocação no ranking nacional de isolamento social, com números pouco superiores a 45%. Os números são divulgados pela Secretaria de Estado de Segurança Pública. Com a maior parte dos espaços abertos, a população do Pará, em especial da região metropolitana de Belém, vem marcando presença intensa em todos os lugares e, em muitos casos, gerando aglomerações. Mesmo com a diminuição dos números de transmissibilidade no Brasil e com o aumento geral da imunidade, não há ainda uma vacina, não há remédios contra o coronavírus com eficiência comprovada e o vírus continua a circular em todo o território nacional. Manter cuidados e seguir as recomendações de distanciamento social continuam sendo caminhos importantes.

A capital paraense está com cerca de 47% de isolamento, muito abaixo dos 70% esperados desde o início da pandemia. Ainda assim, a Prefeitura de Belém decidiu, na sexta-feira (21), permitir a abertura, com algumas restrições (até 50% da capacidade), de cinemas, museus, centros de estética, teatros e de espaços para a prática de esportes coletivos. Essa progressão ocorreu pela mudança de classificação de risco em Belém, agora com a bandeira amarela. É permitida também a realização de reuniões presenciais com até 20 pessoas, além de eventos sociais (como casamentos e aniversários) com até 150 pessoas. Bares e escolas continuam proibidos de funcionar presencialmente.

Na contramão dos números e dos fatos e dados, o governo federal realizou, no Palácio do Planalto, nesta segunda-feira (24), o evento intitulado “Encontro Brasil vencendo a covid-19”. Com mais de 3 milhões e meio de contaminados e quase 115 mil mortes, chega a paradoxal que o Brasil esteja vencendo o tenha vencido a batalha contra o novo coronavírus. O país vem mantendo uma média diária de mortes de cerca de mil pessoas e, mesmo com a diminuição dos percentuais de transmissão da doença, o Brasil está muito longe de controlar a pandemia ou vencer a covid-19.

Somente os Estados Unidos apresentam números piores que o Brasil, com mais de 5 milhões e meio de casos e quase 175 mil mortos. No evento, Bolsonaro retomou os conflitos com os profissionais de comunicação, chamando a grande imprensa de “bundão” e afirmando que as chances de jornalistas sobreviverem à Covid-19 é menor. Bolsonaro já havia reagido agressivamente a uma abordagem de repórter do jornal “O Globo”, quando houve uma pergunta sobre os depósitos de Fabrício Queiroz na conta bancária da primeira-dama, Michelle Bolsonaro.

Com movimentos difusos de reaberturas e de buscas de isolamentos, o Brasil continua trôpego no seu enfrentamento à pandemia, em especial por discursos contraditórios e negacionistas gerados a partir da presidência da República. Resta, ainda, esperar pela vacina e por uma diminuição percentual de contaminações e mortes no país.

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