O Brasil voltou? Reflexões sobre o discurso de Lula na Assembleia Geral da ONU Rodolfo Marques 22.09.23 19h21 O presidente brasileiro, Luís Inácio Lula da Silva (PT), discursou na terça-feira, 19, na abertura da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York. É a 78ª edição da Assembleia e, tradicionalmente, o Brasil inicia os discursos de chefes de Estado e de governo. A expressão “O Brasil está de volta”, citada por Lula e seguida de aplausos durante o início da reunião. Ela dialoga com a ideia de contraste do momento ora ocupado pelo Brasil no ambiente internacional com os desastrosos anos compreendidos entre 2019 e 2022. O país construiu política diplomática por décadas e, agora, o governo brasileiro tenta retomar o protagonismo perdido durante a gestão de Jair Bolsonaro, que pautou seus discursos na ONU com posturas isolacionistas, ideologizadas, negacionistas (em relação à pandemia de Covid-19) e diversionistas em relação aos fatos e às relações exteriores. Lula foi aplaudido em outros seis momentos. Além de buscar o reposicionamento do país no campo internacional, o presidente do Brasil fez uma falta muito contundente em relação ao combate à fome. Durante sua apresentação, foi feita uma correlação cronológica com a Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável. Ele reforçou o imperativo de erradicar a pobreza, enfatizando o número de 735 milhões de pessoas no mundo que se encontram na condição de fome, além da crítica à concentração da renda. No campo das mudanças climáticas, o presidente brasileiro reforçou a urgência de tratar da temática, mostrando que a temática precisa ser tratada como prioritária no contexto internacional. Ele também externou solidariedade às vítimas do terremoto em solo marroquino, das chuvas em cidades gaúchas e das tempestades na Líbia. Lula destacou, em relação à guerra entre Rússia e Ucrânia, o diálogo como o melhor caminho para a tomada de resolução. Também mandou recados sutis ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), sobre as pautas tratadas com maior ou menor urgência no Brasil, principalmente temas como os direitos dos povos indígenas e à defesa do meio ambiente. Indiscutivelmente, em um cenário cada vez mais globalizado, há mister o aproveitamento de todas as oportunidades para se (re)posicionar nas arenas internacionais. O discurso feito por Luís Inácio Lula da Silva, na ONU, cumpriu bem esse papel, embora as soluções estejam ainda muito longe de serem comtempladas em sua integridade. Assine O Liberal e confira mais conteúdos e colunistas. 🗞 Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave colunas colunas rodolfo marques COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Rodolfo Marques . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos. Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado! ÚLTIMAS EM RODOLFO MARQUES análise política Lula lidera cenário para 2026 e oposição segue fragmentada, mostram pesquisas 08.04.25 19h51 Rodolfo Marques Corrêa do Lago liderará COP-30 em meio à crise climática 28.02.25 8h00 Rodolfo Marques Primeiros 50 dias do prefeito Igor Normando em Belém: avanços, dificuldades e desafios 21.02.25 17h00 Rodolfo Marques “Crise do Pix” e os desafios do governo Lula III em um novo cenário político-eleitoral 17.01.25 23h01