Enquanto Brasil enfrenta quadro gravíssimo com a pandemia, manifestações e polarização se ampliam Rodolfo Marques 05.06.20 18h00 -Atualizado em 05.06.20 18h07 Com o Brasil se tornando o epicentro mundial da pandemia da Covid-19, com mais de 35 mil mortes, ainda no início do mês de junho, a crise sistêmica – nas variáveis sanitária, política e econômica – instala-se de forma cada vez mais evidente – e perigosa – para o país. O Brasil tem registrado vários protestos e mobilizações, contra e a favor do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido/RJ). Os termos “democracia” e “antifascismo” passaram a pautar os movimentos, com movimentos difusos e polarização ideológica, com traços de acirramento e de violência. Estes são divulgados e agendados, prioritariamente, através da Internet, tais quais as manifestações de 2013 e 2015, por exemplo – embora com motivações diferentes. Quando se comenta a respeito das manifestações públicas, aliás, há a observância do direito à liberdade de expressão, mas, ao mesmo tempo, há também a necessidade que se considerem as normas de distanciamento social, único método cientificamente comprovado para combater a expansão da pandemia. Ainda no campo da instabilidade política, há uma crescente discussão a respeito do posicionamento das Forças Armadas no contexto dos poderes da República. É importante ressaltar que a Constituição prevê o equilíbrio institucional entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, e as Forças Armadas estão vinculadas à estrutura do Estado, não estendendo a elas quaisquer funções moderadoras ou de participação direta na estrutura política do Brasil. O próprio artigo 142 da Carta Magna evidencia que não cabe às Forças Armadas a mediação de conflitos entre os poderes devidamente institucionalizados. Em nível regional, no Pará, com o relaxamento das medidas de quarentena e a retomada gradativa das atividades econômicas, principalmente nos espaços comerciais da região metropolitana de Belém, espera-se que não ocorra uma segunda onda de contaminações e que haja uma nova pressão sobre o sistema de saúde. O Pará está entre os 5 estados brasileiros mais atingidos pela Covid-19, tanto em relação às contaminações quanto ao número de mortes. Os índices de isolamento social foram reduzidos e, em caso de nova crise, o governador do estado, Helder Barbalho (MDB-PA), não descarta a retomada de medidas restritivas – ou mesmo, a volta do isolamento social rígido (lockdown). Com a necessidade de união nacional, o desenho institucional e o funcionamento democrático precisam ser considerados e respeitados. Mesmo com a tendência de um aumento em relação às manifestações, que são legítimas, é necessário que os gestores públicos priorizem as demandas coletivas e deixem as disputas políticas e eleitorais em segundo plano, pelo menos nesse período de excepcionalidade em que se vive no primeiro semestre de 2020. Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave colunas rodolfo marques coronavírus governo do estado governo bolsonaro COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Rodolfo Marques . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos. Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado! ÚLTIMAS EM RODOLFO MARQUES Rodolfo Marques Novos movimentos e cartas sendo colocadas à mesa na disputa pela Prefeitura de Belém 11.03.24 14h09 Rodolfo Marques Bolsonaro e dia 25 de fevereiro de 2024: imagens e reafirmação de discursos 01.03.24 18h50 Rodolfo Marques Governador Helder Barbalho busca aumento de sua capilaridade política nacional 23.02.24 8h00 Rodolfo Marques Governo Lula III: apesar das melhorias do primeiro ano, é preciso avançar mais 16.02.24 16h49