Em meio à pandemia de Covid-19, pré-candidatos à presidência já se mobilizam para 2022 Rodolfo Marques 14.05.21 19h24 Embora as próximas eleições presidenciais ocorram somente em outubro de 2022 – e o momento tenha como prioridade absoluta o enfrentamento da Covid-19, que desde março de 2020 assola o Brasil –, os movimentos para o pleito seguem intensos – e em vários grupos políticos. A CPI da Pandemia, presidida pelo Senador Omar Aziz (PSD-AM) e com a relatoria do Senador Renan Calheiros (MDB-AL), para além das questões fundamentais que estão sendo tratadas – e com a clara e justa responsabilização do governo federal pelo desastre na gestão da Covid-19 no país –, traz um palanque político-eleitoral para vários dos envolvidos. Posicionamentos assertivos, discussões mais acaloradas e convocações dão o tom de debates que deverão repercutir em 2022. Em tempo: a Covid-19 já matou, no Brasil, em pouco mais de 14 meses, mais de 431 mil pessoas. Jair Bolsonaro (sem partido) é, por óbvio, candidato à reeleição – e vem demonstrando muita força junto aos seus apoiadores, principalmente nas redes sociais e optando pela permanente tática do confronto e da polarização política. Pesquisa Datafolha, realizada entre 11 e 12 de maio de 2021, com 2071 entrevistados, mostrou apenas 24% de aprovação do governo e 45% de reprovação. Bolsonaro será o candidato que buscará reunir em si todas forças da direita ideológica. A onda conservadora que conquistou muitas vitórias em 2018 e que é algo inerente ao bolsonarismo conseguirá repetir o sucesso em 2022, com tantos desgastes e com uma gestão presidencial que patinou em praticamente todos os níveis nos primeiros 30 meses de mandato? No campo da esquerda, o protagonismo é do ex-presidente Lula. Com a sua elegibilidade garantida a partir da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em relação ao foro dos julgamentos contra si, o principal líder do PT vem circulando pelo país e dialogando com lideranças políticas para ampliar o possível arco de alianças para 2022. Lula vem mobilizando o Partido dos Trabalhadores mais para o centro político, busca filiações de nomes importantes para a agremiação e tenta fazer acenos para as classes mais populares – até pela sua base histórica –, mas também para o mercado. Contra o lulopetismo, há numerosos grupos contrários, abordando principalmente a bandeira da anticorrupção. Há o movimento também que busca a tal “terceira via”, com possibilidades no centro-direita e no centro-esquerda. Entre os que flertam com essa possibilidade, têm algum destaque o governador de São Paulo, João Dória Jr. (PSDB); o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB); o apresentador de TV, Luciano Huck (sem partido); o ex-ministro da Saúde e ex-deputado federal Luiz Henrique Mandetta (DEM); e o ex-juiz federal e ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro – este último, embora com certa popularidade, indica que pode desistir, mesmo que momentaneamente, da campanha eleitoral. Com a polarização cada vez mais evidente entre Lula e Bolsonaro, as chances desses possíveis candidatos, no momento, parecem mais reduzidas. A preferência dos eleitores brasileiros, em especial no pleito presidencial, será extremamente disputada, entre argumentos, notícias falsas – que se tornaram um método de comunicação política e que precisam ser contestadas – e uma mobilização cada vez maior a partir das mídias e das redes sociais. No Brasil da pandemia de Covid-19, as eleições entram em pauta a cerca de um ano e meio de sua realização. Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave colunas colunas rodolfo marques COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Rodolfo Marques . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos. Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado! ÚLTIMAS EM RODOLFO MARQUES Governo Lula precisa melhorar comunicação para seguir em frente 15.04.24 15h16 Rodolfo Marques 1964-2024: sessenta anos após golpe de Estado, Brasil avança para consolidar sua democracia 01.04.24 8h00 Rodolfo Marques Emmanuel Macron em Belém: relações políticas, acordos econômicos e simbolismos 29.03.24 20h30 Rodolfo Marques Novos movimentos e cartas sendo colocadas à mesa na disputa pela Prefeitura de Belém 11.03.24 14h09