Eleições 2020: regras, proibições, posturas diante da Covid-19 e disputa por prestígios Rodolfo Marques 28.08.20 18h00 As eleições de 2020, com as escolhas de prefeitos e vereadores nos mais de 5 mil municípios brasileiros, trazem muitos desafios, ainda mais sob o “signo” atípico da Covid-19. Com a mudança do calendário eleitoral – e o adiamento de todo o processo em 42 dias –, os candidatos, partidos e coligações majoritárias estão buscando estratégias para chegar de forma competitiva aos dias 15 e 29 de novembro de 2020, datas previstas para os dois turnos do pleito. Com a impossibilidade de proximidade social e da campanha “corpo a corpo”, os estrategistas vêm buscando alternativas no campo digital. Todavia, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) vem impondo regras rígidas para garantir a equidade entre os candidatos e para o cumprimento de regras já previstas dentro dos protocolos eleitorais. Nesta sexta-feira (28), o TSE proibiu, por unanimidade, a realização de “livemícios” – lives eleitorais com artistas através de plataformas digitais. O Tribunal tem um entendimento similar ao parecer do Ministério Público Eleitoral, entendendo que o modelo de shows através de lives já é proibido pela legislação. As convenções partidárias acontecem entre os dias 31 de agosto e 16 de setembro, em todo o Brasil, através de reuniões virtuais ou mesmo em encontros presenciais, de acordo com o plano de reabertura das atividades adotado em cada cidade. As eleições municipais 2020 também trazem dois “ingredientes” relevantes. Um desses elementos é o caráter plebiscitário assumido em algumas cidades. Prefeitos bem avaliados tendem a se reeleger ou mesmo viabilizarem a vitória de candidatos por eles apoiados. A própria conduta adotada em relação à Covid-19 por parte dos chefes de executivos municipais estará em pauta dentro do debate público. Outro aspecto está ligado ao grau de influência (positivo ou negativo) que o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), poderá ter no pleito, em relação a apoios e aparições públicas ao lado dos candidatos. Bolsonaro se tornou um fenômeno eleitoral em 2018, vencendo o pleito com mais de 57 milhões de votos, e ainda tem cerca de 25 a 30% de apoiadores, a despeito dos muitos equívocos apresentados na condução da crise pandêmica. A análise vale também para a verificação do prestígio dos governadores estaduais, já no segundo ano de seus respectivos mandatos. Em um cenário de tantas desconfianças e incertezas, a convicção que emerge é que o eleitor, uma vez mais, vai ter o papel essencial de buscar informações sobre os candidatos para, não só fazer as escolhas que julgar corretas, mas evitar a opção por representantes que não são dignos de confiança. O combate às fake news também estará na pauta desse processo eleitoral. As cartas já estão sendo postas à mesa. Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave rodolfo marques colunas eleições 2020 COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Rodolfo Marques . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos. Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado! ÚLTIMAS EM RODOLFO MARQUES Governo Lula precisa melhorar comunicação para seguir em frente 15.04.24 15h16 Rodolfo Marques 1964-2024: sessenta anos após golpe de Estado, Brasil avança para consolidar sua democracia 01.04.24 8h00 Rodolfo Marques Emmanuel Macron em Belém: relações políticas, acordos econômicos e simbolismos 29.03.24 20h30 Rodolfo Marques Novos movimentos e cartas sendo colocadas à mesa na disputa pela Prefeitura de Belém 11.03.24 14h09