RODOLFO MARQUES

RODOLFO MARQUES

Rodolfo Silva Marques é professor de Graduação (UNAMA e FEAPA) e de Pós-Graduação Lato Sensu (UNAMA), doutor em Ciência Política (UFRGS), mestre em Ciência Política (UFPA), MBA em Marketing (FGV) e servidor público.

Edmilson completa seis meses de gestão em Belém com alguns avanços e muitos desafios pela frente

Rodolfo Marques

O prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues (Psol), completa, no final de junho de 2021, seis meses da sua gestão, em seu terceiro mandato como gestor da capital paraense. Anteriormente, ele havia presidido Belém entre 1997 e 2000 e entre 2001 e 2004.

Após vencer uma acirrada disputa em 2020, Edmilson estipulou prioridades para o seu primeiro ano do novo mandato. Belém, uma cidade com 405 anos, enfrenta problemas de todas as ordens, com questões estruturais e um passivo de vários equívocos de momentos anteriores. O diálogo constante entre o prefeito e o governador do Pará, Helder Barbalho, reforça parcerias.

Entre as variáveis críticas mais evidentes estão a educação, a saúde pública, o saneamento e a segurança. Edmilson focou na implantação do programa social de transferência de renda “Bora, Belém”. O programa garante o repasse de 450 reais para cerca de 5 mil famílias em situação de vulnerabilidade social e ganha o “carimbo” de promessa cumprida de campanha eleitoral.

Outra questão fundamental – e prioritária – é o cenário do saneamento básico. A limpeza dos canais, coordenada pela Secretaria Municipal de Saneamento (SESAN), chegou a pouco mais de 800 quilômetros na gestão – e há planos para retomar o projeto de Macrodrenagem nas Bacias do Una e da Estrada Nova, como a retomada de financiamentos externos. A SESAN vem sendo um destaque da atual gestão.

Ao lado disso, Belém, assim como os outros mais de 5.000 municípios brasileiros, tem o enfrentamento da Covid-19 como algo essencial. Mesmo como poucas vacinas disponíveis, e com vários atrasos em alguns processos logísticos internos e externos, a gestão municipal tenta acelerar a aplicação dos imunizantes. Com o suporte d o governo estadual, a Prefeitura de Belém pretende aplicar a primeira dose das vacinas para o total da população adulta entre os meses de agosto e setembro de 2021. No final de junho, a população entre 39 e 41 anos já estava em processo de vacinação. Belém teve e tem momentos bem tensos em relação ao enfrentamento da pandemia, desde à chegada do vírus em março de 2020.

Ao mesmo tempo, a capital paraense continua enfrentando muitos percalços em relação à mobilidade urbana e aos transportes públicos. Os ônibus da cidade continuam trafegando lotados – e em tempos de pandemia –, muitos veículos cumprem os mesmos percursos e o BRT, que deveria melhorar e ser um diferencial na malha rodoviária urbana, continua funcionando de forma precária. O trânsito permanece como uma realidade praticamente insolúvel, sem grandes perspectivas a curto e médio prazos.

Assim, são muitos os problemas com soluções nem sempre palpáveis ou rápidas. Claramente, existe um esforço da gestão municipal para tratar as questões mais urgentes de forma assertiva, o que se soma às experiências do prefeito Edmilson como parlamentar e como gestor público. Todavia, há muito ainda a ser feito, principalmente considerando as demandas sociais, os problemas estruturais da cidade e a escassez de recursos. 

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