RODOLFO MARQUES

RODOLFO MARQUES

Rodolfo Silva Marques é professor de Graduação (UNAMA e FEAPA) e de Pós-Graduação Lato Sensu (UNAMA), doutor em Ciência Política (UFRGS), mestre em Ciência Política (UFPA), MBA em Marketing (FGV) e servidor público.

Covid-19 continua sua escalada no Brasil e estados buscam alternativas diferentes para enfrentá-la

Rodolfo Marques

A covid-19 amplia sua margem de vítimas fatais e de contaminados no Brasil. O início da segunda semana de julho, o país já apresenta mais de 1 milhão e 600 mil contaminações e mais de 65.000 mortes causadas pela doença. Por outro lado, o país já registra um total superior a 1 milhão de pessoas recuperadas, o que é um dado positivo em meio ao caos instalado no Brasil desde o início da pandemia, em fevereiro de 2020.

É importante ressaltar que o país lida com o problema das subnotificações, pela ausência da testagem em massa e com a expansão da proliferação do vírus para o interior do país. Soma-se ao fato o cenário de que o Brasil está desde a segunda quinzena de maio sem um ministro efetivo da Saúde, com a interinidade prolongada do general Eduardo Pazuello.

Em paralelo à crise sanitária, o governo federal segue com desacertos em sua agenda política e na recuperação econômica. Os efeitos da prisão de Fabrício Queiroz e as investigações de Fake News junto a familiares e apoiadores da presidência da República mantêm tenso o clima político e geram uma necessidade maior de negociações do governo Bolsonaro com o Congresso Nacional e/ou com os partidos do chamado “Centrão”.

No contexto econômico, o ministro Paulo Guedes acena com a possiblidade de realizar privatizações ainda em 2020 e estuda a ideia de viabilizar o programa “Renda Brasil” – em substituição ao Bolsa-Família –, como forma de auxiliar as populações mais pobres e fomentar a base de apoio eleitoral a Jair Bolsonaro. Todavia, as conjunturas nacional e internacional, com as incertezas diante da pandemia, trazem muitos desafios com quais não se tem quaisquer garantias de que a equipe econômica saberá lidar.

Em âmbito regional, os estados brasileiros continuam com suas estratégias diferenciadas para o enfrentamento da pandemia, em virtude, principalmente, das condições diversas existentes em cada unidade federativa. Alguns estados, como Pará, Rio de Janeiro, Ceará, Pernambuco e o Distrito Federal apresentam as ações de retomada da economia, enquanto Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Paraná, Goiás e Mato Grosso aumentam as medidas restritivas, pelo cenário de aumento de casos nesses estados.

Assim, a sensação da paralisia administrativa e das perdas constantes parece se espraiar pelo Brasil – algo registrado em algumas pesquisas de opinião realizadas no final do mês de junho, no país. Ao mesmo tempo em que o Jair Bolsonaro tem um apoio cativo de 25 a 30% da população, o restante da sociedade (aproximadamente 70%) aumenta a oposição e não tem confiança no presidente, que se mostrou totalmente inábil na gestão da crise gerada pela pandemia.

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Rodolfo Marques
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